“Vai ser um desafio. Não sei como vamos reagir. Foram dois jogos que perdemos nos pênaltis, com tudo para ganhar. Agora, temos que sofrer, que é o que estou fazendo, e caminhar para frente. Para perder, é preciso chegar aqui. Para perder, é preciso percorrer a trajetória para chegar aqui”, disse Abel, ainda no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Na tentativa de levantar o moral da equipe, que tem um clássico já nesta sexta-feira diante do São Paulo, pelo Campeonato Paulista, Abel Ferreira enumerou as campanhas do time nos últimos meses. “Essa equipe ganhou, não comigo, o Paulista, perdeu um Brasileiro porque era impossível, com o calendário e a quantidade de jogos que tinha, lutar por mais. Ganhamos a Libertadores porque fomos à final. Perdemos o Mundial porque fomos lá. Ganhamos a Copa do Brasil porque fomos à final. Perdemos a Supercopa porque chegamos nela. Perdemos a Recopa porque chegamos nela. Às vezes ganhamos, outras vezes perdemos. Tenho um orgulho tremendo dessa equipe. Sabemos que será um ano difícil para nós, por todas as circunstâncias. Mas, como disse, agora é sofrer, suportar e seguir em frente.”
Abel, que criticou a escolha do Mané Garrincha para a decisão, pois preferia atuar no Allianz Parque, aproveitou para fazer um ‘minha culpa’. “O que eu posso dizer é que tivemos a menos de um minuto de levantar a taça e não fomos capazes de conseguir. Levamos um gol em um chute a 40 metros de distância, um golaço, que levou o jogo para a prorrogação. Tivemos uma expulsão, que foi um fator que determinou o desenrolar do jogo. Tivemos um pênalti ainda para estar à frente de novo, mas futebol é isso. E como no futebol estamos sempre aqui para encontrar culpados, principalmente no Brasil… O culpado sou eu.”
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