O aumento da tarifa de energia elétrica que, em julho, teve avanço de 12,45% e atingiu 26,25% em 12 meses, já era esperado em razão do uso das termelétricas, em decorrência do baixo nível dos reservatórios. Já a alta nas passagens aéreas está relacionada às férias escolares e, portanto, não deve continuar pressionando nos próximos meses.
De acordo com a FecomercioSP, o aumento do custo de vida é percebido, principalmente, pela classe ‘E’, com alta de 1,49%, contra 0,70% da ‘A’. Quando se observa este recorte, em relação aos preços dos combustíveis, o aumento do mês foi de 4,21% para a classe ‘E’, contra 1,47% para a ‘A’.
No caminho inverso, o grupo de Alimentos traz alívio à população de São Paulo, com variação negativa de 0,54%. Apesar disso, no acumulado de 12 meses, a alta ainda é significativa, de 10,86%. Enquanto a variação acumulada dos alimentos, no último ano, está em 9% para a classe mais altas, para o grupo de famílias da classe ‘E’ o acumulado chega a 14,36%.
Numa análise geral, o levantamento mostra que a inflação está concentrada nos produtos. O índice de Preços no Varejo (IPV) subiu 1,6% no mês. Já o Índice de Preços de Serviços (IPS), 0,55%. No ano, o IPV assinalou alta de 7,77% e o IPS, por sua vez, obteve uma alta acumulada em 2021 de 1,7%. Dos oito itens que compõem cada um dos indicadores, encerram o mês com decréscimo em suas variações médias os segmentos de saúde e cuidados pessoais, alimentação e bebidas e despesas pessoais. A educação se manteve estável.
A previsão da FecomercioSP é que a pressão nos preços continue por causa da questão climática, que vai afetar a produção de energia. Além disso, a entidade pontua que há a alta das commodities, que impacta nos custos e preços dos alimentos e dos combustíveis. “Desta forma, o consumidor terá de continuar o seu exercício de buscar formas de economizar para manter o orçamento saudável”, diz a federação.
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