Agora na condição de ex-nadador, Daniel Dias encerrou a sua participação em Paralimpíadas com três medalhas de bronzes, conquistadas nas provas dos 200m livre e 100m livre pela classe S5 (para atletas com má-formação congênita ou amputados) e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos, que reúne nadadores de diferentes classes, mas cuja soma numérica tem que ser 20.
Os três pódios em Tóquio se somaram às outras 24 medalhas paralímpicas que Daniel conquistou durante a carreira, entre provas individuais e revezamentos da natação. Com 27 medalhas (14 de ouro, sete de prata e seis de bronze), ele é o maior medalhista paralímpico brasileiro. “O porta-bandeira do Brasil, como não poderia deixar de ser, é uma homenagem ao maior de toda a história, o maior atleta da natação paralímpica mundial. O porta-bandeira que conduzirá o pavilhão brasileiro será o Daniel Dias”, anunciou Mizael Conrado durante a entrevista.
Não será a primeira vez que Dias vai carregar a bandeira em uma edição de Jogos Paralímpicos. Ele foi porta-bandeira na cerimônia de encerramento dos Jogos de Pequim, em 2008, quando conquistou oito medalhas, e voltou a cumprir o papel na cerimônia de abertura do Jogos de Londres, em 2012, quando fez a sua melhor participação paralímpica, conquistando seis ouros.
APOSENTADORIA – Daniel anunciou a sua aposentadoria em janeiro deste ano e embarcou para Tóquio decidido que os jogos no Japão seriam os últimos da carreira como nadador. “Sou muito grato pela natação. Jamais imaginei chegar aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos, tudo que eu conquistei, eu jamais iria conseguir escrever isso. Não seria tão perfeito como foi”, afirmou o nadador quando anunciou a sua aposentadoria no começo do ano.
Fora das piscinas, Daniel Dias já exerce funções administrativas no Instituto Daniel Dias que ele fundou em 2014 com o objetivo de oferecer treinamentos de natação paralímpica às pessoas com deficiência de Bragança Paulista, cidade do interior de São Paulo. Além disso, ele também atua como membro do Conselho Nacional de Atletas e da Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
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