O levantamento indica um crescimento da rejeição ao presidente. Isso porque na última pesquisa, realizada em março deste ano, 50% afirmavam se opor ao impeachment, enquanto 46% se declararam a favor. Houve, portanto, uma inversão de posições.
Na série de sondagens do Datafolha sobre o tema, o impeachment chegou a ser rejeitado por 53% dos entrevistados em janeiro, ante 42% apoiando a cassação.
A pesquisa desta semana também foi a primeira em que o grupo favorável ao afastamento apareceu numericamente à frente do grupo contra essa medida, de acordo com o Datafolha.
Apesar da vantagem numérica, a situação é de empate técnico entre as duas posições, pois a oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
O Datafolha entrevistou presencialmente 2.071 pessoas em todo o Brasil nos dias 11 e 12 de maio.
O detalhamento da pesquisa revela ainda que o apoio ao afastamento de Bolsonaro é maior entre jovens de 16 a 24 anos (57%), moradores do Nordeste (também 57%), desempregados que procuram emprego (62%) e pessoas que dizem ter muito medo do coronavírus (60%). Já entre eleitores do ex-presidente Lula, o apoio ao impeachment atinge o pico de 74%.
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