Cardoso colocou seus modelos econométricos de alta frequência para rodar depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter anunciado na manhã desta quinta-feira, 2, uma queda de 0,1% da economia do País no terceiro trimestre, colocando-a em uma recessão técnica.
Para o quarto trimestre, segundo o economista, as perspectivas continuam ruins. Nas contas dele, a soma das riquezas brasileiras para o período compreendido entre outubro e dezembro deverá ficar entre zero e 0,1%.
“Para o último trimestre, esperamos, a princípio, como indicam nossos modelos de alta frequência, variação entre 0% e 0,1% na comparação com o terceiro trimestre e, desta forma, nossa expectativa de crescimento para 2021 de 4,8% apresenta um viés de baixa”, destaca Cardoso.
Ainda, lembra Cardoso, o IBGE também revisou a série para o passado. O crescimento de 2020 passou de uma queda de 4,1% para um recuo ligeiramente menor, de 3,9% ante 2019. Também foi revisada a queda no trimestre terminado em junho, de 0,1% para 0,4%.
Ainda assim, Cardoso mantém uma projeção relativamente otimista para o PIB em 2022 se comparada com a mediana dos analistas do mercado financeiro no Boletim Focus do Banco Central. No último Focus, considerando-se apenas as 24 respostas nos cinco dias úteis anteriores, a estimativa para o PIB no fim de 2022 caiu de 0,64% para 0,39%. Por sua vez, a Daycoval Asset ainda mantém em suas planilhas um avanço de 0,6%.
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