Segundo a Abiquim, o ritmo das importações brasileiras em produtos químicos, que já era intenso desde meados do ano passado com o início do processo de retomada da economia simultaneamente ao enfrentamento da pandemia da covid-19, tem se consolidado nos últimos meses em um novo patamar, de compras mensais superiores a US$ 5 bilhões. De acordo com a entidade, desde junho, vêm sendo seguidamente estabelecidos novos recordes mensais em valores e em volumes físicos importados.
Em agosto, foram importados US$ 5,8 bilhões, equivalentes a 5,8 milhões de toneladas adquiridas pelo País em produtos químicos, resultados que passam a ser os recordes em bases mensais.
As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, têm permanecido estáveis, em níveis mensais bastante inferiores ao das importações, com vendas médias de US$ 1,2 bilhão, relativas às expedições de 1,3 milhão de toneladas aos países de destino das mercadorias nacionais.
Nos últimos 12 meses (setembro de 2020 a agosto deste ano), o déficit comercial atingiu a marca de US$ 38,2 bilhões.
O presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, diz que não existe País forte sem uma indústria competitiva e afirma que o Brasil tem potencial e capacidade técnica para transformar os recursos naturais, em especial relativos ao petróleo e gás, em valor e riqueza para o País. “Os números da balança comercial comprovam duas coisas: que a escala do mercado interno é, indiscutivelmente, um ativo estratégico nacional e deve que ser preservado a todo o custo de operações desleais e ilegais de comércio.”
Segundo ele, o crescente déficit, que será recorde em 2021, mesmo com a pandemia, demanda pragmatismo e agilidade na elaboração imediata de uma agenda de competitividade, alicerçada em visão estratégica e em segurança jurídica para o comércio e para os investimentos.
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