Tem passado por dias difíceis? Essa foi a frase que chamou a atenção naquele folheto que ele nem sabia explicar como tinha parado em suas mãos.
O texto continuava: Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento em nossas vidas?
É comum desejarmos saber por que sofremos, desde que, em algum momento, a dor nos alcança, de uma ou de outra forma.
Talvez num desses momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte no peito, tenhamos lembrado de Deus e gritado intimamente: Por quê?
Ao contrário do que imaginamos, Deus não impõe o sofrimento nem o utiliza como forma de castigo. No entanto, Ele não o impede, porque se trata da consequência do uso negativo do nosso livre-arbítrio.
A dor, essa experiência universal na jornada humana, é necessária para o progresso e a evolução, embora a vejamos, quase sempre, como uma injustiça ou um sinal de abandono.
Contudo, existem pessoas que fazem da dor seu maior estímulo para a própria vida. E nos recordamos de Nick Vujicic.
Ele nasceu na Austrália em 1982 com síndrome de Tetra-Amelia, uma condição rara que o deixou sem braços e pernas.
Criança, enfrentou bullying, discriminação, crises de depressão. Encorajado pela fé e pelo amor dos pais, passou a ver sua condição como uma missão.
Escolheu ressignificar a dor e estimular outros a procederem de igual maneira.
Tornou-se um palestrante motivacional, transmitindo mensagens de fé, propósito e superação, especialmente para jovens que enfrentam alguma deficiência ou depressão.
Nick costuma dizer: A dor é real. Mas o sofrimento é uma escolha. Se eu posso ser feliz sem braços e pernas, você pode ser feliz com o que tem.
Podemos optar por ser indivíduos que dão importância apenas às decepções e insistem em enfatizar as falhas e deficiências.
Podemos decidir ser pessoas amargas, raivosas ou tristes. Ou, quando tivermos de encarar períodos difíceis, podemos optar por aprender com a experiência e seguir em frente, assumindo a responsabilidade por nossa própria felicidade.
Ele enfatiza que o sofrimento não precisa nos aprisionar. Podemos nos servir dele para galgar degraus em nossa evolução.
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Grande parte do sofrimento é causada por nossas próprias escolhas.
Dor e sofrimento são aspectos diferentes da mesma situação. A dor é inevitável, está na natureza e faz parte do mundo que habitamos.
O sofrimento é opcional, por se tratar da reação emocional ao fenômeno da dor. A dor pode durar pouco, como a picada de uma agulha.
No entanto, o sofrimento dura o tempo em que agasalhamos ou rememoramos a situação desagradável.
Heródoto, o pai da História, afirmava que os seus sofrimentos lhe foram ensinamentos.
O sofrimento tem, portanto, a dimensão que nós lhe damos. Afinal de contas, se a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
Mas, envolvidos em dor ou em sofrimento, lembremos que nunca estamos sozinhos.
O Mestre Galileu nos acenou com o caminho do consolo e da superação: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Sigamos a voz do Pastor.
Redação do Momento Espírita





