De acordo com a entidade, o volume de importações subiu 19,1%, enquanto as exportações recuaram 8,4% nos primeiros três meses deste ano, sobre igual período do ano passado, na contramão do que se poderia esperar com a desvalorização do real, em relação ao dólar. Já o índice de utilização da capacidade instalada do setor ficou em 73% na média do primeiro trimestre de 2021.
Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a melhora das vendas internas e a alta das importações reflete a recuperação da demanda nacional, que se mantém em um patamar elevado desde meados do ano passado, “sobretudo pela essencialidade da química e da necessidade dos produtos no atendimento das demandas relacionadas à pandemia”.
“O baixo índice de ocupação das instalações justamente em um período de aumento da demanda interna evidencia a falta de competitividade da indústria local, com consequente desestímulo a novos investimentos, além de risco de desativação de unidades produtivas”, afirma.
Na comparação dos últimos 12 meses, de abril de 2020 a março de 2021, os índices de produção, vendas internas e demanda também mostraram resultados positivos. A produção cresceu 0,46%, as vendas internas tiveram alta de 3,52%, e a demanda subiu 12,1%. Como resultado, na média dos últimos 12 meses, encerrados em março de 2021, os importados representaram 47% da demanda de produtos químicos no mercado nacional, novo recorde do setor.
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