Ary Graça mora atualmente em Lausanne, na Suíça. Por meio de sua assessoria, ele informou que “recebeu com surpresa” a operação. Acrescentou ainda que acionou seu advogado “para tomar ações imediatas no sentido de contestar as alegações, as mesmas feitas no passado e que agora voltam à tona.”
Entre as acusações que ele responde, há contratos firmados com empresas que não teriam fornecido os serviços pagos pela CBV, emissão de notas fiscais sequenciais e antecipação irregular de pagamentos. Os valores utilizados eram oriundos do patrocínio do Banco do Brasil à CBV.
As empresas envolvidas tinham como sócios Fábio André Dias Azevedo e Marcos Antônio Pina Barbosa, à época superintendentes da CBV e, portanto, funcionários de Ary Graça. Eles também foram denunciados – o Estadão não conseguiu localizar suas defesas.
A denúncia também cita quatro imóveis pertencentes a Ary Graça cujos valores declarados seriam inferiores aos praticados nos momentos de compra. A discrepância foi identificada após os investigadores conseguirem na Justiça a quebra do sigilo fiscal do dirigente. Foram constatadas diferenças entre os valores constantes nas Declarações de Operações Imobiliárias (DOI) e os da base cálculo para recolhimento do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Comentários estão fechados.