Deputada propõe exame genético para detecção de câncer de mama na rede pública do Paraná

A deputada Maria Victoria (PP) apresentou o projeto de lei 629/2024, que propõe a inclusão de exames genéticos para o rastreamento do câncer de mama na rede pública do Paraná, via SUS. A medida tem como objetivo garantir um diagnóstico precoce e reduzir o número de mortes evitáveis no estado, permitindo estratégias mais direcionadas e eficazes no combate à doença.

A deputada explica que o acesso a exames genéticos possibilita que mulheres conheçam seu risco genético, o que aumenta suas chances de adotar medidas preventivas, como acompanhamento médico e mamografias frequentes. “Uma estratégia inteligente, acessível e que beneficia a saúde pública como um todo. Mulheres que conhecem seu risco genético têm maior chance de sobreviver ao câncer”, afirma Maria Victoria.

Equidade no acesso à saúde

Para Maria Victoria, a oferta desse exame no SUS é essencial para democratizar o acesso à saúde e promover equidade. Atualmente, o exame genético é realizado principalmente no setor privado, a custos elevados. “Oferecer esse serviço no SUS democratiza a prevenção, ampliando o acesso a mulheres de diferentes classes sociais a ferramentas essenciais para a saúde”, reforça a deputada.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil, com cerca de 20% dos casos sendo de origem hereditária. As diretrizes internacionais, como as da Associação Norte-Americana de Oncologia (ASCO), recomendam a realização de exames genéticos em pacientes com câncer de mama.

LEIA TAMBÉM

O exame de sequenciamento genético pode identificar mutações em genes, como BRCA1/2, PALB2 e PTEN, indicando indivíduos com maior risco de desenvolver câncer. Esse diagnóstico possibilita um acompanhamento médico rigoroso e tratamentos preventivos mais eficazes, conforme sugerido por diretrizes internacionais.

Hoje, o Distrito Federal já oferece esses exames na rede pública, e estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Amazonas têm leis sobre o tema.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.