O presidente do Desenvolve SP, Nelson de Souza, avaliou que o cenário desafiador da pandemia da covid-19 norteou os esforços para a manutenção da atividade econômica. “Crescemos porque atendemos mais e melhor nossos clientes”, afirma o executivo. A carteira de crédito do programa somou R$ 1,98 bilhão em dezembro, aumento de 56,1% em relação ao ano anterior.
Souza destaca que o ano de 2020 exigiu adequação da política de crédito do programa para atender a principal necessidade dos empresários paulistas, o capital de giro. Segundo o executivo, com a oferta ajustada, a demanda aumentou 2.161% nos dois primeiros meses da pandemia em relação aos dois anteriores. “Em três meses, as solicitações superaram a soma de 11 anos de operações do banco”, declara.
Novas operações de crédito avançaram 313%, em relação ao mesmo período do ano passado, tanto no número de operações quanto no valor de desembolso para as micro, pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo, a qualidade da carteira do banco apresentou concentração de 92,36% das operações entre os níveis de risco AA e C, considerados de baixo risco.
Entre os números positivos, o banco paulista também dá destaque ao crescimento de 33,6% do resultado operacional, que chegou a R$ 78,5 milhões. Além disso, houve também evolução do patrimônio líquido de R$ 1,12 bilhão para R$ 1,16 bilhão, entre os dois últimos exercícios.
Atuação internacional
Na busca por mais recursos, o Desenvolve SP reforçou sua estratégia de captação externa. Em uma iniciativa inédita para agências de fomento no País, o programa captou R$ 271,8 milhões obtidos junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). “Além da importância dos recursos, abrimos também uma porta para todas as demais agências de desenvolvimento no Brasil”, explicou Souza.
A estratégia de captação de recursos internacionais do Desenvolve SP prevê a injeção de mais de R$ 3 bilhões na economia paulista até 2022.
Para Nelson de Souza, a atuação do programa está totalmente ligada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, programa da ONU), que são bases também para a atuação do banco paulista nas questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), com ênfase no apoio a projetos sustentáveis.
“Demonstramos, em 2020, que é plenamente possível construir um resultado financeiro sólido, reforçar nossa governança, e atuarmos fortemente com responsabilidade socioambiental no sistema financeiro, estimulando a economia e melhorando o ambiente de negócios”, ressaltou Souza.
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