Com o 2 a 2 no jogo de ida no Maracanã, o Fluminense precisa vencer o duelo no estádio Monumental, no Equador, ou empatar marcando pelo menos três gols para avançar à semifinal, fase que não alcança desde 2008, ano em que ficou mais perto de conquistar a sua primeira Libertadores ao perder a final para a LDU. Em caso de novo 2 a 2, a vaga será decidida nos pênaltis.
O Fluminense chega para a partida decisiva no Equador em baixa pois acumula quatro derrotas seguidas no Brasileirão, está próximo da zona de rebaixamento, não tem feito boas exibições nos três campeonatos que disputa e algumas de suas referências, como Nenê e Fred, estão em declínio técnico. O técnico Roger Machado é o mais cobrado e, embora tenha respaldo da diretoria, dificilmente continuará no cargo se a equipe for eliminada nesta quinta.
Também joga contra o Fluminense o retrospecto atuando no Equador, onde a equipe carioca nunca venceu um duelo da Libertadores. Em quatro jogos, foram dois empates e duas derrotas em solo equatoriano, a mais dolorida delas na partida de ida da final de 2008 para a LDU, que se sagraria campeã daquela edição.
Para piorar, Gabriel Teixeira se machucou no jogo de ida e Caio Paulista não conseguiu se recuperar a tempo da lesão na coxa direita para seguir com a delegação. Com isso, Fred jogará no ataque sem a companhia dos dois jovens que vinham sendo titulares.
Ainda que o cenário não seja positivo, o veterano centroavante, referência do elenco, capitão e terceiro maior artilheiro brasileiro na história da Libertadores, repetiu o que fizera antes do jogo de ida e prometeu “dar a vida” na partida que definirá o futuro do time tricolor na competição continental.
“Nosso ânimo é decisão. A gente está indo bem na Libertadores e nós vamos fazer de tudo para continuar bem, passar de fase. É o nosso objetivo, nosso sonho… Vamos dar a vida para trazer essa classificação”, disse Fred, antes do embarque para o Equador. Um alento para o time tricolor pode ser, além do faro de gol de Fred, a boa campanha como visitante na competição continental. Fora de seus domínios, o time de Roger Machado está invicto, com três vitórias e um empate.
Mas o aproveitamento de 100% de aproveitamento do Barcelona de Guayaquil jogando em casa também deixa pouco esperançoso o torcedor tricolor. O time equatoriano, sensação dessa Libertadores, venceu os quatro jogos que fez como mandante no torneio, e contra adversários difíceis, como Santos, Boca Juniors e Velez Sarsfield.
O time equatoriano sentirá falta do meio-campista argentino Emmanuel Martínez, expulso na primeira partida no Maracanã, mas tem outros bons talentos, como o experiente meio-campista Damián Díaz, o maestro da equipe.
Comentários estão fechados.