A aeronave, conhecida como Bombardeiro, saiu da Flórida passou dois dias em Belém e no dia 13 de maio de 1943 caiu em território maranhense. O próximo destino seria Natal, antes de atuar no norte da África e no Mar Mediterrâneo na Segunda Guerra Mundial.
Antes de cair, a tripulação enviou um pedido de socorro à Base Aérea do Tirirical, atual Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, em São Luís. No avião estavam seis americanos: piloto, copiloto, engenheiro de comunicação, engenheiro químico, operador químico e um auxiliar operacional.
Toda a tripulação do avião morreu na queda. Os corpos foram enterrados em dois cemitérios da região. Porém, após três meses, em agosto de 1943, militares americanos estiveram na região para levar os restos mortais de volta aos EUA. “De acordo com relatos de moradores, eles chegaram a ameaçar a bombardear a região, caso os pertences pessoais da tripulação não fossem devolvidos”, contou Wellington Matos, técnico da Secretaria de Trabalho do Maranhão e responsável pelo achado.
Ele conta que a descoberta foi possível por meio do Programa de Desenvolvimento de Renda Municipal. Ao escutar 22 moradores da região, idosos com idade média de 85 anos, sobre relatos da queda do avião.
Até o momento, só foi retirada parte do trem de pouso do avião, uma vez que toda aeronave está ainda enterrada. Só um trabalho com a presença de um perito especialista em bombas pode garantir a segurança da extração do bombardeiro. “O avião pode pesar entre 7 e 15 toneladas, dependendo da quantidade bombas que estivessem armazenadas”, relatou Wellington Matos. A retirada de parte do trem de pouso ocorreu no momento de baixa da maré, que acontece ao final do período de lua cheia.
Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e a prefeitura de Humberto de Campos já foram notificados do achado. Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão deve visitar a região na próxima quinta-feira, 8. O secretário de Trabalho e Renda, Joweberth Alves, informou que irá apresentar uma “proposta de construção de um Museu para o município” para deixar registrado o fato histórico.
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