Pe. Lino Baggio, SAC
No próximo domingo, dia 14, com alegria, celebraremos o dia das mães. Desde pequeno, ouço dizer que as mães têm um sexto sentido; mas, acho que ainda é pouco. Ao observar o espírito de luta, a garra, a sabedoria, a santa teimosia de algumas mães, ouso dizer que elas têm oito, nove, doze sentidos. Praticamente, um sentido especial para cada filho/a; não sei como elas fazem, eu só sei que fazem. Arranjam tempo para tudo e conseguem chegar ao fim do dia, cansadas, mas felizes e com vontade de fazer ainda mais. E quando os filhos crescem e já não “precisam” mais da mãe, elas colocam sua energia em favor dos netos, porque não conseguem parar de serem mães e não conseguem parar de servir e ajudar.
A isso, chama-se amor e a esta garra, chama-se graça da maternidade. As meninas e as moças são meninas e moças só enquanto não descobrem a ânsia da maternidade. Quando vem esta vontade irresistível de ser mãe, mesmo que não tenham nenhum filho, elas mudam. Nenhum sacrifício é grande demais, nenhum esforço é imenso e nenhuma barreira é intransponível quando essas mulheres jovens decidem que querem ser mães. Há qualquer coisa de divino na maternidade, que poetas jamais saberão descrever e os escritores jamais saberão analisar.
Infeliz da nação que abandona este dom imenso da mulher ou aceita que ele seja jogado fora. Feliz da nação que faz de tudo para preservar a mulher, o direito de gerar, tempo para gerar e condições para gerar bem os filhos que ela deseja. Que se lute pelo direito das mães, que se lute pelo direito de um país ter mães mais serenas e tranquilas. A meu ver, a falta de serenidade da maioria delas pode ser causa de muito desespero. Procuram-se mães serenas com seis…sete…oito…doze sentidos ou tantos quantos forem necessários para se criar uma boa família.
O Evangelho de João ressalta: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (15,12). Se amamos, a vida é sempre acolhida como dom precioso de Deus. Se amamos, a fé é cultivada e testemunhada com alegria. Se amamos, caminhamos ao encontro dos irmãos, perdoamos, servimos e semeamos a esperança. As mães testemunham esse amor gratuito que se transforma em missão. Agradecidos, rezemos e nos alegremos com as nossas mães vivas ou falecidas.
Que Maria, a mãe de todas as mães, cubra as mães com seu manto do Deus-Ternura que ela trouxe no seio maternal. Viva o ser mãe e parabéns a todas as mães!
Vigário Paroquial na Paróquia São Roque – Coronel Vivida
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