Aguirre chega para assumir a vaga do espanhol Michel Ángel Ramírez, que não conseguiu implantar sua filosofia no clube e acabou amargando série de insucessos, como a perda do título estadual para o arquirrival Grêmio, e a eliminação na Copa do Brasil.
“Estou muito feliz de voltar à casa. Sinto uma emoção muito grande de ter essa nova oportunidade. Me lembro que tive a sorte, quando menino, de o Internacional me abrir as portas do futebol brasileiro”, disse o treinador, que também foi jogador colorado e teve seu nome divulgado no BID da CBF um minuto antes de o tempo para inscrição na rodada encerrar.
Seis anos após a primeira passagem como técnico, Aguirre encontrará um elenco totalmente remodelado. Apenas o volante Rodrigo Dourado trabalhou com o uruguaio naquela temporada de bons resultados em 2015, como o título do Gauchão. Ele chega tentando dar sequência a um trabalho vitorioso.
“Fizemos um grande trabalho em 2015. Ganhamos o Campeonato Gaúcho, chegamos às semifinais da Libertadores, lançamos muitos jogadores jovens. Tenho muitas lembranças boas. Foi uma grande passagem”, enfatiza, motivado a novamente se destacar.
Aos 55 anos, o treinador assume uma equipe abalada por duas derrotas no Brasileirão e que ainda “não acordou” na competição, com somente quatro pontos e sem vencer em Porto Alegre. Com estilo mais de luta, promete um Inter mais vibrante, forte defensivamente e imponente na frente.
A estreia já ocorre diante de uma pedra no sapato quando o palco do confronto é a Arena Condá. Em Chapecó, os gaúchos perderam cinco dos seis jogos realizados na história do equilibrado confronto. Desta vez, contudo, ambos chegam em momento turbulento e a necessidade de os catarinenses ganharem pela primeira vez pode deixar espaços para a equipe de Aguirre contra-atacar.
Mesmo com a volta de Marcelo Lomba e Sarabia, recuperados da covid-19, o uruguaio deve optar pela manutenção dos jovens Daniel, no gol, o Heitor na lateral-direita. Assim como Léo Borges deve seguir na esquerda com a ausência de Moisés, machucado. Maurício e Caio Vidal disputam a vaga de Taison, com problemas musculares.
A Chapecoense apostará no tabu contra o Internacional para vencer a primeira no Campeonato Brasileiro. Entre 2014 e 2019, período que esteve na Série A, a equipe catarinense venceu todos os jogos contra o rival gaúcho na Arena Condá: 5 a 0 em 2014, 1 a 0 em 2015 e 2016, 2 a 1 em 2018 e 2 a 0 em 2019.
É bom que esses números ajudem o clube catarinense. Afinal, a Chapecoense ainda não venceu sob o comando do técnico Jair Ventura. No Brasileirão, após o 1 a 1 com o Atlético-MG, a Chape se manteve próxima da zona de rebaixamento com três pontos.
“Temos que ser mais frios para fazer os gols, mas fico feliz porque os atletas estão absorvendo nossas ideias. A confiança está sendo retomada”, disse Jair Ventura.
Em relação ao time, Jair Ventura terá à disposição os atacantes Mike e Geuvânio, que terminaram o período de transição física. Ainda no ataque, Felipe Silva, contratado nesta semana, já teve o nome publicado no BID e pode jogar. O volante Léo Gomes, por outro lado, será desfalque por conta de uma lesão na parte da frente da coxa esquerda.
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