Segundo o diretor, todos os dados necessários para aprovação do imunizante foram entregues à agência sanitária brasileira, que aprovou o uso do imunizante do País. Questionado sobre o porquê desses dados não terem sido disponibilizados ao público por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), Dimas Covas afirmou que a obrigação do Butantan era divulgar esses dados apenas para a Anvisa, que é o órgão que avalia o uso emergencial do imunizante.
“Nossa obrigação era fornecer os dados para a Anvisa que iria autorizar o uso emergencial. Não haveria porque divulgar isso antes do conhecimento da Anvisa. Quem avalia os dados é a Anvisa. É o órgão que tem que avaliar e dar a autorização. Que foi o que aconteceu. A Anvisa recebeu todos os dados, os dados do Brasil, da China, da Turquia, avaliou o processo e deu seu parecer conclusivo em relação ao uso emergencial, que por sinal foi muito rigoroso”, declarou o diretor.
Recrudescimento da pandemia
Dimas Covas, avaliou, no depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que “tudo indica” que o País possa ter um recrudescimento da pandemia. Segundo ele, o aumento no número de casos será “turbinado” por variantes da covid-19.
A análise de Dimas Covas veio após o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), perguntar se ele concordava com uma fala do presidente da República de que estávamos “no final da pandemia”, o diretor discordou. Para o diretor do Butantan, ainda estaremos lutando contra a pandemia nos próximos anos.
“Essa pandemia ainda vai persistir durante 2021, ainda vamos lutar com ela em 2021, quiçá no começo de 2022”, declarou Covas, atentando que mesmo com a vacinação, ainda pode haver a necessidade de haver um reforço vacinal contra covid-19.
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