Dinheiro digital: dólar deve seguir como moeda de reserva, diz diretora do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, previu que o dólar seguirá como moeda de reserva internacional, dentro de uma década. Ela foi questionada sobre o tema durante evento virtual, no qual defendeu que o dinheiro digital mais seguro serão as moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês).

Georgieva disse que pode ser que tenhamos em nossas “carteiras” dinheiro digital, o tradicional ou, “provavelmente”, um mix dos dois, mas previu que a força da economia dos Estados Unidos – e sua capacidade de inovação – devem garantir a manutenção do importante papel do dólar na economia global.

Segurança

Ao afirmar que o dinheiro digital mais seguro serão as moedas digitais de bancos centrais, Kristalina Georgieva disse que as CBDCs serão confiáveis devido à regulação e ao lastro governamental. “É uma revolução devido à enorme oportunidade de melhorar os sistemas de pagamento”, declarou.

Na visão de Georgieva, diante do surgimento de diversos ativos digitais, há “muito trabalho” para os órgãos reguladores, que precisam proteger os consumidores e a economia como um todo. Ela mencionou riscos de lavagem de dinheiro e ataques cibernéticos com moedas que não são reguladas, como o bitcoin.

A diretora do FMI, ao destacar também a volatilidade do bitcoin, considerou arriscada a decisão do governo do El Salvador de adotar a criptomoeda como referência nacional.

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