A diretoria do United disse que não buscará punições para os fãs que protestaram pacificamente, incluindo aqueles fora do estádio. “Enquanto muitos fãs queriam exercer seu direito de protestar e expressar seu
opinião pacificamente, alguns estavam empenhados em perturbar a preparação da equipe e o próprio jogo, como ficou evidenciado no Lowry Hotel e no estádio”, escreveu o clube em um comunicado. O clube também negou que tivesse deixado o portão aberto.
“Depois de quebrarem barreiras e a segurança no pátio, alguns manifestantes escalaram os portões no final do túnel, então forçaram o acesso a uma porta lateral, antes de abrirem uma porta externa que permitiu outros torcedores entraren a área do saguão e depois para o campo”, disse o United no documento apresentado à polícia. “Uma segunda violação ocorreu quando um manifestante quebrou a porta de um elevador de acesso para deficientes, permitindo que um grupo entrasse no estádio.”
A violência estourou perto do início do jogo no domingo tarde. A polícia, empunhando bastão, tentou empurrar os fãs para fora do Old Trafford, mas foram recebida por garrafas de vidro. “A maioria dos nossos fãs condenou e irá condenar os danos criminais, junto com qualquer violência contra os funcionários do clube, polícia ou outros fãs, e estes agora se tornam um caso de polícia”, disse o United. “O clube vai trabalhar com a polícia para identificar os envolvidos na atividade criminosa, e também emitirá suas próprias sanções a qualquer momento ao membro identificado”.
Uma nova data para o jogo ainda não foi definida com menos de três semanas para o final do campeonato. O United ainda tem cinco jogo a realizar pelo Inglês e está a 13 pontos do líder Manchester City. O duelo entre Manchester United e Liverpool, da 34ª rodada, poderia definir o campeão inglês. Se o time do técnico Ole Gunnar Solskjaer não vencesse a partida, o Manchester City comemoraria o título antecipadamente.
O PROTESTO – Centenas de torcedores se reuniram na porta do Old Trafford, depois conseguiram vencer a barreira policial e invadiram o gramado do estádio. Eles exibiram faixas e cartazes pedindo a saída da família Glazer do comando da equipe de Manchester. Os fãs chegaram até a subir nas traves e tiraram fotos no campo.
As manifestações contra Joel e Avram Glazer são antigas e ocorrem desde a década passada. Os torcedores reprovam a maneira como a família vem administrando o clube. Eles herdaram a propriedade do United de seu pai, Malcom, empresário norte-americano que comprou ações de outros empresários no começo do século.
Os irmãos adotaram medidas que irritaram a torcida, especialmente a abertura do capital do Manchester United na bolsa de Nova York. Dessa maneira, viraram rotina nas arquibancadas do Old Trafford protestos com faixas que pedem a saída dos Glazer do comando do clube.
As manifestações haviam esfriado com a eclosão da pandemia do coronavírus desde o início do ano passado. No entanto, o envolvimento do United no projeto fracassado da Superliga Europeia foi determinante para a torcida voltar a expressar seu descontentamento com a gestão atual do clube.
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