Ele falou em evento virtual da OMFIF, ao lado do presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan.
Na visão de Bullard, houve “grande melhora” na perspectiva dos EUA, com uma posição mais forte na retomada. O dirigente previu alta de 2,5% do núcleo da inflação ao consumidor, medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), em 2022. “Parece que conseguiremos cumprir a meta de manter a inflação acima da meta por um tempo”, comentou, referindo-se ao conceito de inflação média em 2% agora almejado pelo Fed.
Bullard disse, porém, que o período é de “elevada volatilidade” e comentou que há riscos de alta maior do que o previsto para a inflação no país. O dirigente disse haver evidências de um mercado de trabalho “apertado”, com empregadores tentando recrutar funcionários com ofertas de bônus e maior flexibilidade, e previu “forte melhora” no mercado de trabalho nos próximos meses, conforme a reabertura avança.
Uma questão importante, para Bullard, é saber quanto tempo a inflação mais elevada levará para se dissipar. Caso se comporte como o atualmente previsto, ela seria consistente com a meta flexível atual do Fed, destacou. Sobre o mercado de Treasuries, ele comentou que, no quadro atual de juros baixos pelo mundo, é difícil que os retornos dos bônus no país avancem em demasia.
Comentários estão fechados.