Como resultado do aperto monetário, a perspectiva aponta para um crescimento “mais lento” da economia este ano e em 2023 e um “crescimento modesto” do desemprego no país, ressaltou.
Mais cedo, ela ressaltou o foco do BC norte-americano no combate à inflação, em seu primeiro discurso público como presidente do Fed de Boston.
Susan reiterou o foco do Fed em trazer a inflação de volta à meta de 2% ao ano. Segundo ela, é missão da instituição moderar a demanda excessiva atual – em relação à capacidade produtiva dos EUA – para que os preços se estabilizem. “Retornar a inflação à meta exigirá um maior aperto da política monetária, conforme sinalizado nas projeções recentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês)”, resumiu.
Embora reconheça que o aperto monetário vai causar uma taxa de desemprego maior nos EUA – atualmente, ela é de 3,7% – Susan Collins avalia que é possível atingir uma desaceleração da atividade mais moderada em meio ao aumento de juros, ainda que esta seja uma tarefa “desafiadora”.
Entre as razões para esta visão, a dirigente cita que as poupanças de domicílios e empresas está “consideravelmente mais fortes” do que em outros períodos de aperto monetário, o que “reduzi o risco de redução significativa nos gastos e investimentos à medida que os juros aumentam”. Além disso, ela avalia que o setor privado enfrenta escassez de trabalhadores, e não excesso, o que pode ajudar o emprego enquanto o Fed comprime o crescimento.
Apesar do otimismo, Susan Collins ressaltou que há “riscos de baixa” à perspectiva econômica, em especial ao considerar o ambiente geopolítico turbulento e eventuais novos choques. Este contexto deve, inclusive, atrasar os efeitos da política monetária do Fed nos EUA, completou a dirigente, que tem direito a voto nas reuniões do Fomc este ano.
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