Nesta sexta, horas depois de Bélgica e Itália fazerem um confronto de encher os olhos em Munique, Brasil e Chile se enfrentaram no Engenhão pela mesma fase dos torneios continentais. Cerca de 20 mil pessoas estiveram nas arquibancadas da arena alemã. E pouco mais de 100 nas do estádio carioca – todas devidamente credenciadas, já que não há liberação para torcedores.
No confronto europeu, os três gols no jogo e o duelo aberto até os minutos finais permitiu closes das câmeras de TV em torcedores aflitos, eufóricos, tensos e animados – o que, no fim das contas, é o que se espera de quem torce. Na partida sul-americana, não havia torcedor para se filmar. E quem esteve nas arquibancadas dividiu a atenção do campo com a da tela dos próprios celulares.
O interesse dividido no Engenhão mostra outra diferença importante entre as atuais edições da Euro e da Copa América. Enquanto por lá o futebol voltou a ser também entretenimento, por aqui ele ainda parece ser protocolar. Quem vai ao estádio pouco está se importando com a diversão. O foco é no futebol como trabalho.
SELEÇÃO
A competição que até esta fase de quartas de final não empolga pelo menos está servindo para o técnico Tite preparar terreno para a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Ainda que na véspera do jogo com o Chile ele tenha garantido que não está pensando no Mundial, a Copa América ajuda o treinador a encontrar alternativas.
Uma delas está nas laterais. Uma hora antes da partida, a comissão técnica informou que Alex Sandro fora vetado devido a uma lesão muscular. Renan Lodi foi escalado e mais uma vez jogou bem.
O técnico também voltou a lançar mão de Lucas Paquetá, que desde 2019 tem sido chamado. E logo em sua primeira participação, ele abriu o marcador para o Brasil.
Tite passou praticamente o jogo inteiro em pé. Passou a mão no rosto em desaprovação em um lance aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o Brasil cedeu um contragolpe, mas de resto demonstrou relativa tranquilidade. Como nas arquibancadas.
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