Djokovic festejou a conquista com sua marca tradicional em Wimbledon. Primeiro deitou na quadra com braços abertos e depois comeu um pouco da grama sagrada inglesa. Depois foi para afetuoso abraço em seu técnico e o staff. Fez até selfie com um garoto na arquibancada. Aos 34 anos, o sérvio escreve mais um capítulo na bela e vitoriosa história.
O número 1 do mundo estava tão eufórico que, após o título, ergueu mãos aos céus e saiu jogando camisas e acessórios para a torcida. Num 2021 perfeito, conquista seu terceiro Gran Slam seguido após erguer os troféus do Australian Open e de Roland Barros.
A decisão no All England Club entrou para a história também por registrar a primeira árbitra a dirigir uma final masculina em 130 anos de Wimbledon: a croata Marija Cicak. Entre as celebridades convidadas, estava o ator Tom Kruise, bastante solícito e sorridente com o público presente.
Djokovic ganhou o sorteio e abriu o jogo com dupla falta. Seriam duas na parcial. O primeiro game foi sob enorme tensão entre os nervosos finalistas. O serviço de Djokovic não entrava e a devolução de Berrettini estava ruim. O sérvio sofreu, mas após cinco minutos, salvou um breakpoint e fez 1 a 0.
A dúvida seria como responderia ao potente sacador italiano. De cara, nada fez e 1 a 1 no placar. Mas, após confirmar seu serviço, o número 1 do mundo mostrou que não é considerado o melhor receptor do tênis por acaso. Quebrou o serviço de Berrettini, abriu 4 a 1 na sequência. Bastava trocar serviços para fechar o primeiro set, mas falhou na primeira chance ao ver o italiano devolver a quebra e depois sacar bem para buscar o 5 a 5.
Saques confirmados e a decisão de um set que esteve todo a favor de Djokovic seria definida no tiebraker. Ele abriu perdendo o saque e Berrettini logo abriu 3 a 0. O sérvio buscou o 3 a 3. Mas viu o italiano confirmar a boa recuperação e fechar com ace e 7/4. Um duro 7/6 para quem se perdeu na reta final do set.
Berrettini queria manter a empolgação para iniciar o segundo set com 1 a 0, mas falhou após ter 40 a 15 e sofreu a quebra. Djokovic estava “bravo” após os vacilos no primeiro set e voltou “mordido”. Quebrou novamente o saque do italiano para abrir 3 a 0. Chegou ao 5 a 1, brincou no 5 a 2 e foi quebrado para 5 a 3.
Em novo saque do italiano, Djokovic abriu logo três set points. E desperdiçou todos, ficando incrédulo. Assim como no primeiro set, fechar parecia um martírio ao sérvio. Teria nova oportunidade no serviço, com 5 a 4. Fechou em pontos diretos: 6/4.
O terceiro set começou, mais uma vez, com Djokovic dominante. Após 1 a 1, quebrou o serviço do italiano, ainda apresentando erros bobos e depois abriu 3 a 1. Novamente a história dos dois sets anteriores se repetia, com ele precisando somente confirmar seus serviços após quebras de cara.
Eles trocaram pontos até o 5 a 4. Novamente sacaria para fechar. Com o mesmo placar, o sérvio falhou no primeiro set e foi bem no segundo. Tinha boa chance para virar a parcial e encaminhar a sexta conquista na sagrada grama inglesa. Com belo ponto, vibrou ao abrir dois set points. Errou na forçada. Mas viu Berrettini mandar para fora e repetiu o 6/4.
Diferentemente das parciais anteriores, o quarto set começou com equilíbrio total. Sacando bem e se impondo nos serviços, os tenistas trocaram pontos até o 3 a 3. Foi então que Djokovic brilhou ao quebrar o serviço de Berrettini em belo sétimo game. Abriu 5 a 3 e ficou a um game do tricampeonato. Apenas três jogadores haviam vencido três seguidas em Wimbledon. Fechou aproveitando o terceiro match point no saque de Berrettini, com bola na rede do italiano.
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