Líder do ranking mundial, o tenista vive uma fase excelente que o motiva ainda mais para uma competição esvaziada de grandes estrelas e sem seus dois grandes históricos rivais, Rafael Nadal e Roger Federer, que não foram para o Japão por causa de problemas físicos. “Estar na Olimpíada é uma experiência única, muito especial e histórica. Representar meu país é algo que me encoraja”, confessou. “É muito bom estar aqui de novo no Japão para os Jogos Olímpicos. É estranho estar sem Roger Federer e Rafael Nadal jogando. Mas os melhores tenistas do mundo estão aqui também.”
A Sérvia está em Tóquio com 86 atletas e Djokovic é um dos grandes nomes da delegação, que tem ótimo time masculino de polo aquático e feminino de vôlei. O tenista tem no currículo uma medalha de bronze nos Jogos de Pequim, em 2008, e na edição seguinte, em Londres-2012, ele foi o porta-bandeira de seu país. “O sentimento é diferente nos Jogos Olímpicos. Eu sei que não estarei sozinho na quadra de tênis, o espírito de equipe estará comigo e me dará asas”, avisou.
Djokovic ganhou os três Grand Slams disputados na temporada, um feito raro. Ele foi campeão no Aberto da Austrália, depois venceu em Roland Garros e recentemente festejou o título em Wimbledon. Quer ganhar também o US Open, para bater um recorde, mas antes mira o ouro em Tóquio para ser a cereja no bolo de uma temporada já histórica. “Me sinto bem fisicamente e mentalmente. Eu tive a melhor temporada em Grand Slams neste ano e acho que não tem preparação melhor para este evento”, comentou.
O sérvio reconheceu que ficou chateado com a decisão de não ter público nas arenas de Tóquio durante os Jogos. Imaginou-se que por causa disso ele até poderia desistir, mas ele veio mesmo assim para o Japão. “Quando ouvi que não teria torcida na quadra nos Jogos Olímpicos fiquei triste. A torcida é importante em todos os eventos esportivos e ainda mais na Olimpíada. A energia que eles dão nos ajuda muito. Mas sei que são Jogos Olímpicos, vi que foi a decisão certa vir aos Jogos. Tem muitas coisas boas que podem acontecer aqui”, afirmou.
Ele sabe do favoritismo que tem nos Jogos, mas lembra que a emoção da disputa é sempre grande. “Quanto mais velho você é, mais experiente você fica e mais confiante. Mas claro que fico nervoso, não tem como. Muitas pessoas estão esperando o melhor de mim. Tenho me preparado bastante para esse momento. Sempre penso de partida em partida e sei que foi um longo caminho até chegar onde cheguei.”
Na primeira fase do torneio olímpico, Djokovic enfrentará o boliviano Hugo Dellien. Caso avance, o sérvio poderá entrar no caminho do brasileiro Thiago Monteiro, que encara o alemão Jan-Lennard Struff na estreia.
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