O segundo colocado foi A Guerra de Miguel (Miguel’s War), que é uma produção hispano-libanesa. Dirigida por Eliane Rahed, o filme traz a história de um homossexual que volta ao seu país após longa data, mas isso o faz ter de lidar com seu passado.
O filme
A Última Floresta, que tem roteiro do próprio Bolognesi com Davi Kopenawa, escritor, xamã e líder político ianomâmi, denuncia o descaso com indígenas ao longo dos séculos, agravado com a pandemia de covid-19.
Acompanha a rotina de um grupo ianomâmi que vive isolado, em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela, há mais de mil anos.
O xamã Kopenawa busca proteger as tradições de sua comunidade e relatá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu.
Ao mesmo tempo, ele e seu grupo lutam para que garimpeiros, que atuam ilegalmente no território, sejam retirados – mais de 10 mil garimpeiros ilegais invadiram o local em 2020, derrubando a floresta, envenenando os rios e espalhando covid-19 e outras doenças entre os indígenas.
O festival
Por causa da pandemia de covid-19, pela primeira, vez o tradicional festival de cinema, que foi criado em 1951 e é um dos três principais da Europa junto com Cannes e Veneza, foi realizado em duas partes.
A primeira foi a competição online no início de março, que concedeu o maior prêmio, o Urso de Ouro, a Bad Luck Banging and Looney Porn, do diretor romeno Radu Jude, uma crítica à hipocrisia.
E, a segunda, que foi encerrada neste domingo, 20, com exibições ao ar livre.
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