Para reduzir os casos de dengue, a cidade de Dois Vizinhos recebeu, desde o último final de semana, um reforço significativo na luta contra o mosquito Aedes Aegypti. Uma frota de veículos equipados com inseticidas, providenciada pelo Núcleo de Vigilância Entomológica Estadual, está trabalhando intensamente na cidade para conter a proliferação do vetor da doença.
O inseticida utilizado é o Fludora Co-Max, uma combinação de Flupiradifurone e Transflutrina, escolhido especificamente para a nebulização espacial, popularmente conhecida como fumacê. Este método, utilizado apenas em situações de emergência como surtos e epidemias, tem como alvo os mosquitos adultos alados – aqueles que estão em pleno voo. O Fludora Co-Max foi adquirido através de compra internacional pelo governo federal.
As aplicações do fumacê estão sendo realizadas por modernas caminhonetes L200 da Secretaria Estadual de Saúde, adaptadas especificamente para o Controle Químico Vetorial. Equipadas com borrifadores, esses veículos percorrem os bairros de Dois Vizinhos todos os dias da semana, em dois horários: das 5h às 9h30 e das 17h às 20h, ajustando-se às condições climáticas do dia.
A população local recebeu orientações para manter portas e janelas abertas durante a aplicação do inseticida, a fim de maximizar a eficácia do tratamento. Adicionalmente, recomenda-se proteger animais de estimação, pássaros, abelhas, e especialmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios ou alérgicos. Importante ressaltar que o produto se dissipa rapidamente, não apresentando efeitos ambientais após 3 horas de sua aplicação.
Enquanto a nebulização desempenha um papel crucial no combate aos mosquitos adultos, a Secretária de Saúde, Claudete Meurer, enfatiza a necessidade de medidas preventivas por parte da população para eliminar focos do mosquito, uma vez que o inseticida não é eficaz contra as larvas. “O restante são medidas de conscientização da população para combate aos depósitos do mosquito”, afirma Meurer.
A luta contra a dengue em Dois Vizinhos é um esforço conjunto, exigindo a participação ativa de todos. A eficácia das ações de prevenção depende significativamente do envolvimento comunitário na eliminação de criadouros do Aedes Aegypti, complementando as medidas de controle químico implementadas pelo governo.
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