Dólar cai a R$5,85 após pausa de 90 dias em tarifas de Trump

O dólar no Brasil registrou forte queda nesta quarta-feira, 9 de abril, encerrando o dia próximo de R$5,85, após atingir R$6,10 pela manhã. A desvalorização foi impulsionada pelo anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas adicionais sobre produtos de diversos países, exceto a China. A decisão, divulgada pouco antes da ata do Federal Reserve, reverteu o cenário de alta da moeda, que havia ultrapassado R$6 devido à retaliação chinesa às políticas comerciais americanas.

Cotação do dólar hoje: fechamento e variações

A cotação do dólar à vista fechou em R$5,8467, uma baixa de 2,53%, interrompendo três sessões consecutivas de ganhos. O recuo representou uma perda de 15 centavos em relação ao real apenas neste dia. No mercado futuro da B3, às 17h05, o dólar para maio, contrato mais líquido, caiu 2,84%, alcançando R$5,8655. No segmento comercial, os valores foram: compra a R$6,054 e venda a R$6,055. Já o dólar turismo registrou compra a R$6,006 e venda a R$6,186. Apesar da queda, a divisa acumula alta de 2,45% em abril.

O que aconteceu com o dólar hoje?

A súbita mudança no câmbio ocorreu após Trump anunciar, via redes sociais, a suspensão temporária das tarifas recíprocas, reduzidas a 10% com efeito imediato, menos de 24 horas após a implementação de barreiras comerciais mais pesadas contra dezenas de parceiros. Essas medidas haviam elevado os riscos de recessão global e desencadeado retaliações da China e da União Europeia. Contudo, enquanto as tarifas sobre importações chinesas subiram de 104% para 125%, a pausa de 90 dias para outros países trouxe alívio aos mercados. “Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa substancialmente reduzida”, declarou Trump.

Minutos após o anúncio, o dólar recuou para R$5,90 no Brasil, intensificando a queda ao longo da tarde. No mercado de Depósitos Interfinanceiros (DIs), as taxas, que subiram mais de 30 pontos pela manhã, também caíram, zerando em vencimentos longos. Às 14h41, o DI para janeiro de 2033 estava em 14,69%, ligeiramente acima dos 14,674% do dia anterior, refletindo a perda de força dos Treasuries no exterior e a valorização do real.

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