Cotação da dólar cai para R$ 5,66 e Ibovespa sobe mais de 2% impulsionado por Selic elevada e acordo entre EUA e Reino Unido
O mercado financeiro brasileiro teve um dia de forte alívio nesta quinta-feira (8), refletindo a combinação de fatores domésticos e internacionais positivos. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,661, com queda de 1,47%, enquanto o Ibovespa — principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) — subiu 2,12%, fechando aos 136.292 pontos, o maior patamar desde agosto de 2024.
Durante o pregão, o Ibovespa chegou a ultrapassar 137,6 mil pontos, flertando com recordes históricos. O desempenho do real também foi destaque: foi a segunda moeda mais valorizada entre os principais países da América Latina, atrás apenas do peso argentino, mostrando o impacto da desvalorização do dólar.
Selic alta atrai investidores
No cenário interno, a reação positiva foi impulsionada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível desde 2006. O comunicado da autoridade monetária indicou que os juros devem permanecer elevados por tempo suficiente para garantir o controle da inflação, beneficiando a cotação do dólar também.
A perspectiva de retorno financeiro mais atrativo no mercado doméstico favorece a entrada de capital estrangeiro, fortalecendo o real e aquecendo o mercado acionário.
No exterior, o otimismo veio com o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido, que animou os investidores globais. O sentimento de confiança foi reforçado pelas declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou haver avanços nas negociações com a China, embora sem apresentar detalhes.
Essas movimentações contribuíram para melhorar o ambiente internacional e favorecer ativos de países emergentes, como o Brasil.
Dólar em baixa e desempenho acumulado
Com o recuo desta quinta-feira, o dólar atingiu o menor valor em seis dias e acumula queda de 8,4% em 2025. A desvalorização da moeda norte-americana reflete a maior entrada de dólares no país e o apetite dos investidores por ativos brasileiros diante do cenário de juros altos e perspectiva de estabilidade macroeconômica.
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