O governador esclarece que, apesar de São Paulo ser sede do Instituto Butantan, que participa da produção da vacina da Coronavac, a distribuição tanto deste imunizante quanto dos demais aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de responsabilidade da Saúde. “O Ministério da Saúde tem a centralização de distribuição de todas as vacinas”, reforça o governador, que acrescenta: “Tudo indica que não teremos problemas”.
Mesmo com o compromisso firmado pela Pasta, Doria fez um apelo para que o novo cronograma, tanto no prazo quanto no quantitativo, seja seguido. “Infelizmente, nas últimas semanas, as previsões, praticamente todas elas, não foram atendidas. Além de não atendidas no prazo, foram reduzidas no número. Desejamos que isso não mais aconteça e que possa haver a evolução do Programa Nacional de Imunização, não só em São Paulo, mas em todo o País”, disse o governador durante entrevista coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (23).
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou alinhamento com o governo do Estado para que haja vacinação “o quanto antes”. No entanto, ponderou que também tem “dependência” do Ministério da Saúde quanto à antecipação das entregas.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, ainda afirmou que foi sondado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a possibilidade de o Ministério da Saúde comprar a Butanvac, vacina desenvolvida no Brasil pelo instituto. “Eu disse que sim, se a Butanvac for aprovada pela Anvisa”, afirmou Covas. Segundo ele, no entanto, não houve negociação sobre o assunto, apenas uma conversa inicial. A compra da Butanvac pelo governo federal ocorreria após a entrega de 100 milhões de doses da Coronavac, previstas em contrato fechado entre a Pasta e o Butantan.
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