“Caso não seja implantado pelo governo federal a obrigatoriedade do passaporte vacinal para entrada de viajantes no Brasil até 15 de dezembro, São Paulo adotará para todo Estado”, reforçou o governador em suas redes sociais. Ele afirma também que enviou nesta manhã um ofício com a solicitação “imediata” ao Ministério da Saúde. A Prefeitura de São Paulo fez o mesmo pedido à Anvisa e ao Planalto no último dia 24, graças ao avanço da variante Ômicron no País.
“O Brasil não pode sr o paraíso do negacionismo. Aqui, turismo de negacionismo só na mente desse ministro da Saúde e do presidente”, reforçou Doria, durante a coletiva. Paulo Menezes, coordenador do Centro de Combate à Covid-19, frisou que a exigência da vacinação é uma forma de diminuir a taxa de transmissibilidade do coronavírus e suas variantes.
Questionado sobre a competência para adotar essa medida, uma vez que o gerenciamento de fronteiras fica a cargo do governo federal, Doria alegou que se basear na decisão do Supremo Tribunal Federal, que ainda no ano passado conferiu aos Estados e municípios a autonomia para gerenciar as formas de combate à covid-19. “Seja território fisicamente administrado pelo governo federal ou municipal, por lei e endosso do STF, cabe aos governos estaduais o gerenciamento da pandemia. E para proteger vidas, sim, faremos isso nos aeroportos mesmo sendo de administração federal. E o mesmo no Porto de Santos.”
A declaração de Doria marca um novo embate com o presidente Jair Bolsonaro, que na segunda-feira declarou a intenção de assinar uma medida provisória para estabelecer que apenas o governo federal possa decidir sobre a obrigatoriedade do passaporte vacinal contra a covid-19. No mesmo dia, ele desmarcou uma reunião com a Anvisa para tratar do assunto e se exaltou ao criticar os pedidos da agência.
Estamos trabalhando com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, p ? De novo vai começar esse negócio?”, disse Bolsonaro.
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