Em entrevista ao Canal Pilhado, o camisa 10 do Grêmio afirmou que o clube paulista soube se reinventar durante a competição e, com investimento, está brigando por vaga na Libertadores após início ruim. Já o Grêmio optou apenas por negociar atletas e se enfraqueceu.
“Claro que queria estar brigando por títulos, mas jamais vou jogar a toalha, vou continuar lutando para o time permanecer, jogar o próximo Brasileiro e que cheguem caras importantes também”, afirmou Douglas Costa. “O time não é só feito de superávit, de passar o ano bem financeiramente. O Corinthians mostrou uma coisa bacana, estava no meio da tabela, sofrendo, contratou quatro jogadores importantes e reverteu totalmente o quadro do ano”, seguiu. “Eu bato muito nessa tecla, pode ver que fizeram um elenco em dois meses, contagiou e mudou totalmente a página.”
Com as chegadas de Roger Guedes, Giuliano, Renato Augusto e Willian, o Corinthians subiu para o sexto lugar do Brasileirão e já não se preocupa mais com a queda. Por outro lado, o Grêmio está em penúltimo e não consegue somar pontos para subir na tabela. Atualmente são sete de distância do Bahia, primeiro fora da zona de rebaixamento.
“Sendo sincero, nosso maior problema era não ter uma identidade de jogo. Agora a gente criou, mas não conseguimos manter por dois tempos. A gente joga um tempo bem, depois o time dá uma apagada”, reconheceu Douglas Costa. “Isso interferiu muito na nossa caminhada no Brasileiro. Não só eu, mas todos do grupo estão confiantes porque a gente sabe que o nosso time não chega a ser ruim. Era um time que estava um pouco desorganizado.”
O jogador nega que o grupo esteja rachado, tampouco em pé de guerra no vestiário, apesar de admitir que os atletas estão de cobrando. “Sendo humilde, quando você está no topo dessa cadeia e eu sou um dos caras, senão o mais importante, um dos, acaba que é raro alguém brigar comigo. Eu cobro eles, digo que podem me cobrar, digo que sou normal e quero ajudar muito o Grêmio. Não tem essa relação de a gente brigar no vestiário, a gente se cobra”, ponderou.
E vê o problema mais no lado psicológico e nas trocas de comando. “Tem coisa que pesa no vestiário até alguém se reportar a nós. Acredito que o momento é muito psicológico, a gente fez muitas trocas de treinadores. Desde que estou aqui a gente pegou quatro treinadores”, avaliou. “O time oscila muito na atitude. Para nós, ali, acostumados, sabemos que temos que fazer o melhor para a equipe, mas tem cara que mexe mais com o emocional. Como falo, não tem tempo para ficar lamentando, é fazer essas 11 partidas como se fosse uma final.”
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