Com cinco ouros em apenas uma edição da Olimpíada, Dressel entrou para a restrita lista de americanos com cinco títulos olímpicos numa mesma edição dos Jogos. Somente outros quatro atletas obtiveram tal feito, como os também nadadores Michael Phelps (fez isso três vezes), Mark Spitz e Matt Biondi e o patinador de velocidade Eric Heiden.
Somando as conquistas do Rio-2016, em sua estreia em Olimpíadas, Dressel soma agora sete ouros. Curiosamente, toda vez que subiu ao pódio foi para figurar na posição mais alta. Ele não tem pratas ou bronzes. Aos 24 anos, tem tudo para ser a estrela da natação também em Paris-2024.
Neste sábado, ele se tornou campeão olímpico dos 50 metros livre, com novo recorde olímpico (21s07), desbancando a marca que era do brasileiro Cesar Cielo (21s30 em Pequim-2008). Bruno Fratus levou o bronze na prova.
Dressel saiu do pódio quase correndo para se preparar para o revezamento 4×100 metros medley dos Estados Unidos. Ele conquistou seu quinto ouro em Tóquio na prova ao se destacar no borboleta, dando contribuição decisiva para estabelecer o novo recorde mundial, com 3min26s78, melhorando a marca que já era dos americanos (3min27s28, no Mundial de Roma-2009). A prata foi para a Grã-Bretanha (3min27s51) e o bronze, para os italianos (3min29s17).
Em Tóquio, Dressel foi campeão olímpico também nos 100m livre, 100m borboleta e no revezamento 4x100m livre. O americano só não atingiu a sexta medalha de ouro, alvo de expectativa antes do início da Olimpíada, porque os EUA foram mal escalados no revezamento misto 4x100m medley – terminaram apenas no quinto posto.
O americano não brilhou sozinho em Tóquio. A australiana Emma McKeon conquistou ainda mais medalhas que ele. Foram sete, quatro delas de ouro. E mais três de bronze. Ela se tornou apenas a segunda mulher a subir ao pódio sete vezes numa mesma Olimpíada na história. A primeira foi a ginasta russa Maria Gorokhovskaya, então competindo pela União Soviética, em 1952.
Assim como Dressel, McKeon faturou dois ouros neste sábado. O primeiro também foi nos 50m livre. Ao terminar a prova em 23s81, impôs o novo recorde olímpico da prova. A prata foi para a sueca Sarah Sjöeström, com 24s07, marcando forte superação da nadadora, que sofreu uma fratura no cotovelo direito a menos de seis meses da Olimpíada. O bronze foi para a dinamarquesa Pernille Blume, que era a atual campeã olímpica, com 24s21.
No revezamento 4x100m medley, Emma McKeon liderou a Austrália em busca do ouro, com o tempo de 3min51s60, outro recorde olímpico. As americanas levaram a prata, com 3min51s73, e a canadenses, o bronze, com 3min52s60.
McKeon subiu ao lugar mais alto do pódio em Tóquio também nos 100m livre e no 4x100m livre. Foi bronze nos 100m borboleta, 4x200m livre e 4x100m medley misto. Ela soma ainda três medalhas no Rio-2016 – duas pratas e um bronze. Aos 27 anos, a australiana pode ter ao menos mais um ciclo olímpico no currículo.
Em outra final deste dia de despedida da natação, o americano Robert Finke confirmou o domínio nas provas de fundo ao levar o ouro nos 1.500m, com 14min39s65. Antes havia vencido os 800m. Na prova mais longa, a prata foi para o ucraniano Mykhailo Romanchuk (14min40s66) e o bronze, para o alemão Florian Wellbrock (14min40s91).
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