Em menos de quatro anos, a educação pública do Paraná entrou definitivamente no século XXI, modernizando a estrutura das salas de aula e implementando plataformas tecnológicas e novas disciplinas que aproximam o estudante do processo aprendizagem e o conectam com o mundo atual, sem deixar o ensino tradicional e a importância do professor de lado.
Principalmente nos últimos dois anos, o investimento em tecnologia empregada no processo de aprendizagem foi um dos focos da rede estadual de ensino com a implantação de plataformas educacionais online de redação, língua inglesa e matemática, que podem tanto ser usadas pelos professores para a realização de atividades, como também de forma livre pelo estudante.
A plataforma de produção textual Redação Paraná, por exemplo, foi desenvolvida por técnicos da própria Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) e trabalha de forma integrada com o professor. A inteligência artificial corrige a estrutura da língua – gramática – e o professor fica responsável por corrigir a parte discursiva e subjetiva da redação elaborada pelo aluno. Somente em 2022 (até o mês agosto), foram mais de dois milhões de redações feitas e corrigidas.
Outra plataforma que vem mês a mês ganhando adesão é o Inglês Paraná, que oferece um curso on-line completo de Língua Inglesa (via computador ou aplicativo no celular), dividido em 16 níveis de proficiência, do básico ao avançado, com teste de proficiência que coloca o aluno no nível mais apropriado. Assim como a Redação, também está disponível tanto aos estudantes do ensino fundamental II (do 6º ao 9º ano) quanto do ensino médio. Apenas neste ano foram mais de oito milhões de lições realizadas, sendo que cada lição tem em média cinco atividades (como vocabulário, gramática e expressões, por exemplo) e cada atividade tem de quatro a seis exercícios únicos.
Já a plataforma de matemática gamificada, focada nos alunos mais novos que estão entrando na rede, do 6º ano do fundamental, já foi utilizada por 80% dos estudantes da série, com a realização de 1,6 milhão de tarefas neste ano letivo, com o propósito de ensinar conceitos e operações matemáticas aos estudantes por meio de jogos. O investimento nessas duas últimas plataformas passa dos R$ 20 milhões.
“A educação precisa estar em constante evolução e é isso que estamos fazendo, integrando novas tecnologias para melhorar o ensino e dando mais protagonismo ao estudante. Esses novos recursos pedagógicos, aliados à aprendizagem da educação financeira, programação e robótica, por exemplo, colocam nossos jovens em ótimas condições para o futuro”, comenta o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
No ano passado, o Estado incluiu a Educação Financeira na matriz curricular e neste ano iniciou a Robótica Paraná, que será ampliada no ano que vem, entrando no currículo de parte dos estudantes. Além disso, o ensino de programação foi iniciado no ano passado como atividade extracurricular pelo Edutech e já neste ano letivo também está dentro da disciplina de Pensamento Computacional no novo ensino médio – ao todo são 150 mil estudantes em contato direto com o universo da linguagem de programação.
Infraestrutura – Para acompanhar esse avanço tecnológico na parte pedagógica e dar suporte a estudantes e professores, o Governo do Estado também investiu para modernizar a estrutura de escolas e salas de aula.
No fim de 2021, a Seed-PR entregou 10 mil computadores para colégios da rede estadual. Além da aquisição dos equipamentos, a pasta também distribuiu equipamentos de wi-fi para todas as escolas da rede, incluindo 1,2 mil switches (dispositivo que conecta todos os aparelhos de uma mesma rede) e 22,5 mil pontos de acesso wi-fi. O valor total desse investimento foi de R$ 65 milhões e, com a exceção de colégios em zonas rurais sem oferta de fibra óptica, a velocidade de conexão também foi aumentada para 100mb nesse último semestre.
Outra novidade neste ano foi a entrega dos kits Educatron, compostos por smart TV 43”, computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável. O equipamento, que já está instalado em quase todas as mais de 22 mil salas, dá mais condições para o professor ministrar suas aulas e pode ser usado, por exemplo, para apresentação de conteúdo multimídia em sala de aula e para videochamadas com outros professores ou palestrantes. O investimento na compra de 25 mil kits (incluindo uma reserva técnica) chegou a R$ 122 milhões.