As temperaturas recordes acima dos 40ºC têm assolado cidades brasileiras nas últimas semanas, em contraste com as inundações que afetaram centenas de municípios no Rio Grande do Sul e a grave seca no Amazonas. Tais extremos climáticos têm origem no fenômeno El Niño, que, segundo o Inmet, deve permanecer até o fim de 2023.
Como o El Niño Impacta o Brasil?
O fenômeno, originado pelo aquecimento das águas do Pacífico próximo à Linha do Equador, interfere na formação de chuvas, circulação de ventos e temperaturas, afetando de forma diversa as regiões da América do Sul. No Brasil, esse fenômeno traz consequências marcantes:
- Sul: Elevado índice de chuvas, com registro de até 450 mm no período de 1º a 19 de setembro, valor acima da média histórica. O Lago Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou sua capacidade em 3 metros, resultando em alagamentos.
- Norte: A estiagem preocupa, especialmente em Manaus, onde o nível do Rio Negro alcançou sua marca mais baixa. Estudos do Cemaden indicam que o número de municípios nortenhos impactados por esta seca pode ser 34% maior que em episódios anteriores do El Niño.
Segundo relatório conjunto do Inmet, Inpe, ANA e Cenad, o país enfrentará temperaturas acima da média na maior parte de seu território.
Perspectivas para o El Niño
Apesar das expectativas iniciais de um El Niño moderado, o fenômeno tem mostrado força. “Antes de nos recuperarmos dos efeitos do La Niña, já enfrentamos um El Niño mais forte”, destaca Rodrigo Lilla Manzione, especialista da Unesp.
Efeitos Previstos de El Niño por Região:
- Norte e Nordeste: Secas intensas.
- Sudeste: Aumento das temperaturas médias.
- Centro-Oeste: Chuvas acima da média e altas temperaturas.
- Sul: Chuvas elevadas.
Acompanhe nossa cobertura para mais atualizações sobre o impacto climático no país.
Comentários estão fechados.