Após três anos sob a influência da La Niña, que causou prejuízos na produção de grãos no Sul do Brasil e países vizinhos devido à falta de chuvas, o fenômeno El Niño se mostra como uma luz no fim do túnel para os agricultores paranaenses.
A tendência, segundo prognósticos, é que o El Niño, já em atividade, ganhe força e continue ativo ao menos até meados do próximo ano. A boa notícia é a expectativa de chuvas em quantidade adequada. No entanto, Heverly Morais, agrometeorologista do IDR-Paraná, alerta para a elevação das chances de granizo e tempestades devido às mudanças no padrão dos ventos.
A intensidade deste El Niño ainda é incerta. Em 2018, o Paraná teve um El Niño mais fraco, enquanto 2015 foi marcado por um fenômeno de forte intensidade com chuvas abundantes. Heverly Morais expressa otimismo: “Na agricultura, é preferível ter água em excesso do que em falta. Assim, as perspectivas climáticas para esta safra são positivas.”
Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar, também prevê chuvas significativas até o início de 2024. Ele ressalta, porém, que alguns temporais poderão ser severos, impactando culturas de verão.
Além disso, o inverno de 2023, influenciado pelo El Niño, promete ser mais ameno. Setembro poderá receber chuvas já na primeira quinzena, favorecendo o plantio de grãos. A probabilidade de geadas tardias, frequentemente preocupantes para os produtores, é reduzida neste contexto.
Apesar das boas previsões, Luiz Renato Lazinski, meteorologista, indica que mais umidade pode resultar em doenças nas lavouras. Portanto, recomenda atenção especial aos produtores nos cuidados com as lavouras e na colheita.
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