Ao mesmo tempo em que manifestaram desejo em cooperar com a Rússia para que o mundo fique mais seguro, os Estados Unidos alertaram que responderão se o governo russo se comportar de maneira agressiva, como afirmou Blinken. “Nossa visão é que se os dirigentes de Rússia e Estados Unidos podem trabalhar cooperando, o mundo será mais seguro”, declarou o secretário de Estado Americano. “Não é segredo que temos nossas diferenças.”
Em resposta, Lavrov afirmou que a Rússia está disposta a discutir todos os temas com os americanos em um diálogo honesto e com respeito mútuo. Ele acrescentou, porém, que as duas grandes potências têm de decidir em quais temas podem trabalhar juntos enquanto em outras ainda persistem sérias diferenças.
A reunião marcou as primeiras conversas pessoais de alto nível entre o governo americano e o russo, antes de uma possível cúpula presidencial em junho na tentativa de melhorar as abaladas relações entre os ex-adversários da Guerra Fria.
As relações estão tensas desde março, quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden – não muito tempo depois de assumir o cargo – disse que considerava o presidente Vladimir Putin um “assassino”, o que levou Moscou a chamar de volta seu embaixador dos Estados Unidos para consultas. O enviado ainda não retornou a Washington.
A Rússia estava pronta para resolver as questões remanescentes da administração americana anterior, acrescentou Lavrov, referindo-se à presidência de Donald Trump.
Blinken disse que Biden queria uma relação estável e previsível com a Rússia e que os dois países poderiam trabalhar juntos no combate à pandemia do coronavírus e à mudança climática, lidar com os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte e com o conflito no Afeganistão. “Achamos que isso é bom para nosso povo, bom para o povo russo e realmente bom para o mundo”, disse Blinken. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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