Segundo a Conmebol, 46 dos testes positivos estão relacionados a funcionários que trabalham nos estádios, colaboradores da entidade e equipes de arbitragem. Os outros 19 são de delegações oficiais, isto é, de jogadores e membros de comissões técnicas das dez seleções que disputam o torneio.
A entidade comunicou que foram realizados 5.458 testes RT-PCR para covid-19 até o momento. Foram 5.393 exames negativos para o vírus e 65 positivos, um aumento de 12 casos em relação ao que havia sido divulgado na quarta-feira.
No documento, escrito em espanhol e divulgado nesta quinta, a Conmebol assegura que está “comprometida na aplicação do protocolo sanitário” nos treinamentos e jogos e diz que está em contato permanente com as autoridades de saúde brasileiras.
O breve relatório, assinado pelo médico Osvaldo Pangrazio, presidente da comissão médica da entidade sul-americana, reforça que a Conmebol prioriza a saúde dos atletas e de todas as pessoas que compõem o que chama de “família do futebol” e lembra que a entidade ofereceu vacina às equipes e seleções que disputam torneios organizados por ela. No Brasil, Atlético-GO, Atlético-MG, Palmeiras e São Paulo aceitaram a oferta e já tomaram a primeira dose do imunizante do laboratório chinês Sinovac.
No Brasil desde a última quinta-feira, a seleção venezuelana foi a primeira a sofrer um surto da doença. Adversário da seleção brasileira na abertura do torneio, a Venezuela registrou 13 casos de coronavírus nos primeiros testes realizados na delegação. A Bolívia informou quatro testes positivos e Chile, Peru e Colômbia também estão com pessoas infectadas em suas delegaçõe20s.
Apesar de garantir que se esforça para evitar a disseminação do coronavírus, a Conmebol tem sido alvo de questionamentos. O atacante Marcelo Moreno, um dos infectados na delegação boliviana, fez duras críticas à entidade por realizar a Copa América em meio à pandemia do coronavírus. Ele mencionou o crescimento de casos relacionados à organização do torneio.
“Obrigado a vocês da Conmebol por isso. A culpa é totalmente de vocês. Se morre uma pessoa, o que vocês vão fazer? O que importa é somente o dinheiro, a vida do jogador não vale nada?”, questionou o jogador do Cruzeiro.
O desabafo pode render uma punição ao atacante, já que a Conmebol abriu um “expediente disciplinar” para avaliar as declarações feitas pelo jogador em suas redes sociais. Com isso, ele recuou em sua posição nesta quinta. O atleta disse que não foi ele que escreveu as mensagens publicadas em sua conta no Instagram e pediu desculpas “a todas as pessoas que têm se sentido ofendidas pelo ocorrido”.
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