O jogador também lamentou a morte de seu primeiro técnico. Sebastião José da Silva, o Tião Borboleta, foi seu treinador em Nova Venécia, cidade onde nasceu, e o encorajou no início da carreira. “Ele foi o primeiro a notar um potencial em mim (…) Fiquei muito triste quando soube da sua morte. Ele já era um senhor… Não resistiu à doença”.
No ano passado, Richarlison virou embaixador do USP Vida, programa da Universidade de São Paulo que já arrecadou quase 20 milhões de reais em doações para pesquisas e projetos científicos, e que também ajudou a desenvolver respiradores mais baratos e de produção mais rápida, testes, equipamentos de proteção relacionadas à covid-19.
“Se eu conseguir influenciar uma pessoa a se vacinar, já me sentirei vitorioso por tudo que tentei fazer nesse período”, conta.
Richarlison lembrou que ficou dois anos sem voltar para Nova Venécia, no Espírito Santo, e que não pode abraçar sua mãe no retorno à sua cidade natal, já que ela estava infectada com o novo coronavírus. “Meus pais também pegaram Covid, mas, graças a Deus, não desenvolveram nenhuma complicação. Mesmo assim, foi outro momento bem difícil pra mim. Eu só a vi a uns 30 metros de distância, porque ela estava com Covid e a gente não podia se aproximar”.
Em seu relato, o atacante também se utiliza dos números para convencer as pessoas que ainda estão em dúvida sobre a vacinação contra a covid-19. “No Brasil, as mortes pela doença caíram mais de 90% depois que a vacinação avançou. Há poucos dias, o país registrou a menor taxa de óbitos desde o início da pandemia (…) É verdade que nenhuma vacina tem 100% de eficácia, mas seus efeitos no controle da pandemia são inquestionáveis. Os dados não mentem”.
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