“Claro que tenho saudades do Michael todos os dias. Mas não sou só eu que finto falta dele: as crianças, a família, o seu pai (a mãe de Schumacher, Elisabeth, morreu em 2003), toda a gente à sua volta. Todos sentem falta do Michael, mas o Michael está aqui. Diferente, mas está aqui e isso dê-nos força, acho”, disse Corinna.
A esposa de Schumacher acrescenta que fará de tudo para dar o máximo conforto e privacidade ao marido, mantendo a família unida apesar da tragédia.
“Estamos juntos. Vivemos juntos em casa, fazemos terapia. Fazemos tudo o que podermos para fazer com que o Michael se sinta melhor e para ter a certeza que ele está confortável e fazê-lo sentir a nossa família, a nossa ligação. Aconteça o que acontecer, vou fazer tudo que possa. Faremos todos. (…) Estamos a tentar continuar como família, da forma que o Michael gostava e ainda gosta. E estamos a avançar com as nossas vidas. ‘O privado é privado’, foi o que ele sempre. É muito importante para mim que ele possa ter a sua vida privada tanto quanto possível. O Michael sempre nos protegeu, agora somos nós a protege-lo”, explicou.
O filho Mick, atualmente na Fórmula 1 pela Haas, em um depoimento sincero, fala das experiências que perdeu com o pai por causa do acidente e do desejo e impossibilidade de poder conversar com o Michael hoje em dia, já que ambos dividem a mesma paixão pelo automobilismo.
“Desde o acidente, esses momentos em família, que acredito que muitas pessoas passam com os pais, não estão mais presentes, ou em menor grau, e a meu ver isso é um pouco injusto. Acho que pai e eu nos entenderíamos de uma forma diferente agora, simplesmente porque falamos uma linguagem semelhante, a linguagem do automobilismo, e sobre o qual teríamos muito mais o que conversar. E é aí que minha cabeça está na maior parte do tempo, pensando que seria muito legal. Eu desistiria de tudo só por isso”, afirmou.
No último dia 29 de dezembro, completou-se sete anos do acidente de esqui sofrido por Schumacher, que desde então, se recupera das lesões cerebrais provocadas pelo choque em uma mansão da família na Espanha, sob forte esquema de segurança.
Schumacher é dono de 91 vitórias e sete títulos mundiais na Fórmula 1, recordista absoluto de triunfos até o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, quebrar a sua marca de triunfos em 2020. O alemão teve duas passagens pela categoria; entre 1991 e 2006 por Jordan, Benetton e Ferrari, e entre 2010 e 2012 pela Mercedes.
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