A partida marcou a abertura do Grupo A da Copa América, que conta também com Uruguai, Paraguai e Bolívia – os quatro melhores vão avançar às quartas de final. Paraguaios e bolivianos entram em campo ainda nesta segunda.
O empate no Engenhão repetiu o mesmo placar entre argentinos e chilenos em jogo disputado há 11 dias, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Igualdades têm sido recorrentes entre as duas seleções nos últimos anos. Argentina e Chile decidiram as edições 2015 e 2016 da Copa América. Em ambas, houve empate no tempo normal e vitória e título dos chilenos nos pênaltis.
Antes de a bola rolar nesta segunda, a Conmebol fez uma homenagem a Maradona, falecido em novembro do ano passado. Com sons e luzes, imagens do argentino foram projetadas no gramado do Engenhão. A entidade pretendia lembrar o ídolo argentino num grande evento na abertura da competição, quando a Argentina estava definida como uma das sedes da competição. Mas o país desistiu de receber o torneio, por causa da pandemia, e as questões logísticas, causadas pela mudança da Copa América para o Brasil, inviabilizaram uma homenagem maior.
Quando o jogo começou, a Argentina esteve longe de lembrar Maradona. Com um futebol burocrático, até dominava o jogo, mais por conta da postura recuada do Chile do que por boa atuação. Messi e Lautaro Martínez estavam apagados. Lo Celso e Nicolás González foram os motores do time no primeiro tempo.
González criou a primeira boa chance de gol, aos 15, em finalização rasteira, defendida por Bravo. A Argentina só começou a se destacar em campo quando Messi chamou a responsabilidade e cobrou falta sobre a barreira, aos 32, marcando belo gol. Mais animada, a equipe argentina quase chegou ao segundo aos 36, em lance de Lautaro.
O segundo tempo começou com muitas faltas e tensão crescente entre os jogadores dos dois times. O Chile abandonava a postura retrancada e se arriscava no ataque. Aos 7, Vargas teve duas chances em sequência para empatar, o que aconteceu somente quatro minutos depois.
Vidal sofreu a falta dentro da área e ele mesmo cobrou a penalidade, confirmada pelo VAR. O goleiro Martínez pulou no canto certo e espalmou. A bola acertou o travessão e, no rebote, Vargas completou de cabeça para as redes. Os argentinos reclamaram de um suposto toque de mão na bola do chileno, mas Wilmar Roldan confirmou o gol de empate.
Com o placar igualado, os dois times passaram a adotar posturas mais ofensivas. Vidal atuava mais adiantado, enquanto Lionel Scaloni colocou em campo Palacios e Di María, abrindo brechas no lado esquerdo da defesa chilena.
Sem “sentir” o gol de empate, a Argentina retomou o domínio do jogo e Messi voltou a liderar o time. Aos 25, levou perigo em chute rasteiro. Aos 34, foi a vez de González desperdiçar grande oportunidade, de cabeça.
A seleção argentina era melhor, criava mais chances, mas falhava demais nas finalizações e no último passe. Com Di Maria, a equipe mostrou evolução. Mesmo assim, não conseguiu evitar novo empate com os chilenos.
Pela segunda rodada, a Argentina enfrentará o Uruguai na sexta, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No mesmo dia, os chilenos jogarão com os bolivianos na Arena Pantanal, em Cuiabá.
FICHA TÉCNICA:
ARGENTINA 1 x 1 CHILE
ARGENTINA – Emiliano Martínez; Montiel (Molina), Martínez Quarta, Otamendi, Tagliafico; Paredes (Palacios), De Paul, Lo Celso (Di María), Nicolás González (Joaquín Correa); Lionel Messi e Lautaro Martínez (Agüero). Técnico: Lionel Scaloni.
CHILE – Bravo; Isla, Medel (Roco), Maripán, Mena; Pulgar, Vidal (Alarcón), Aránguiz, Meneses (Galdames); Palacios (Brereton) e Vargas (Pinares). Técnico: Martín Lasarte.
GOLS – Messi, aos 32 minutos do primeiro tempo. Vargas, aos 11 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Martínez Quarta, Ilsa, Pulgar, Vidal, Lautaro Martínez.
ÁRBITRO – Wilmar Roldan (Colômbia).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).
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