Ciro fez um pronunciamento em que criticou a campanha pelo voto útil e falou em “fraude eleitoral” ao voltar a comparar os adversários Lula e Jair Bolsonaro (PL), líderes nas pesquisas eleitorais. Faltando seis dias para o primeiro turno das eleições, o pedetista reafirmou que não vai retirar sua candidatura. “Nada deterá minha determinação em empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e denunciar corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas”, disse.
Questionado se há espaço para buscar o PDT em eventual segundo turno, Lula falou que vai “esperar ver o que acontece”. Se acontecer segundo turno vamos conversar com outras forças políticas. Agora nós só conversamos com quem quer conversar. Se o Ciro quiser conversar, conversaremos, mas a conversa não é pessoal, é entre partidos”, disse Lula. “Se for necessário conversar com o PDT, nossa presidente Gleisi Hoffman vai procurar o presidente Lupi e eles vão conversar”, disse o petista. Lula relembrou histórico de outras situações em que foi difícil amarrar apoio do PDT.
“Eu acho estranho ele dizer que é vítima de uma campanha de mentiras porque ele tem mentido a meu respeito desde que começou a campanha. Eu, sinceramente, não sei o conteúdo do pronunciamento do Ciro, mas eu acho que o Ciro tem surtado”, afirmou Lula ao chegar para evento no qual receberá apoio de artistas, em São Paulo.
Ele disse que há naturalidade em buscar voto de eleitores de Ciro Gomes ou de Simone Tebet (MDB) e afirmou que os adversários também tentam conquistar voto dos eleitores do PT. “A gente não pergunta se tem um carimbo na testa do eleitor”, disse Lula.
Sobre a busca por votos no primeiro turno, Lula afirmou que em “todas as eleições de 89 até agora” ele “sempre quis ganhar no primeiro turno”. “O povo achou melhor ir para o segundo turno, vamos para o segundo turno, não tem problema”, afirmou.
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