Em Pato Branco, Beto Preto afirma que cronograma de vacinação está mantido

De acordo com anúncio feito no mês passado, o Paraná deve atingir 80% da população adulta vacinada até o final de agosto e 100% até setembro

Marcilei Rossi com AEN

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou na sexta-feira (6), que o Paraná ultrapassou a marca das 8,5 milhões de vacinas contra a covid-19. Em cerca de seis meses e meio, foram 8.521.967 doses aplicadas, das quais 6.061.602 primeiras doses, 2.152.959 segundas doses e 307.406 doses únicas.

Atualmente, 73,03% dos paranaenses adultos já iniciaram sua imunização e receberam pelo menos uma dose (D1 ou dose única). São 6.369.008 pessoas já alcançadas pela vacinação. Além disso, 28,21% da população já está completamente imunizada (seja com a segunda dose ou com dose única), somando quase 2,5 milhões de pessoas. São 2.460.365 paranaenses que já finalizaram seu ciclo de imunização.

De passagem por Pato Branco na sexta, o secretário de Saúde Beto Preto afirmou que o “cronograma de vacinação está mantido”. Pelo documento divulgado ainda no mês passado o Paraná deve atingir 80% da população adulta vacinada até o final de agosto e 100% até setembro.

Contudo, a grande preocupação dos gestores e da população para que o cronograma seja alcançado está atrelado ao repasse de imunizantes por parte do Ministério da Saúde.

Antes de atender a imprensa do Sudoeste em uma coletiva na sede da 7ª Regional de Saúde, Beto Preto participou na manhã da sexta de uma reunião com a diretoria do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, na oportunidade foram definidas segundo ele estratégias para a recomposição de doses para alguns estados, inclusive para o Paraná, que está abaixo da média de vacinação de alguns estados.

Dados divulgados diariamente colocam o Paraná como quinto estado que mais vacinou no Brasil, em números absolutos, — atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Quando o recorte é apenas nas doses aplicadas na população geral, a posição sobe para terceiro (atrás de São Paulo e Rio de Janeiro).

Crédito: Geraldo Bubniak/AEN

Novas remessas

O secretário também comentou os recentes recebimentos de imunizantes e que aguarda da parte do Ministério da Saúde a finalização do reforço de fronteira que atende os municípios de Foz do Iguaçu, Barracão, Santo Antônio do Sudoeste e Guaíra.

“Estamos fazendo esse gerenciamento, depois de cinco semanas, onde pactuamos com os municípios um reequilíbrio no envio das doses”, disse Beto Preto avaliando que a vacinação está em bom ritmo “graças ao esforço dos municípios, vacinadores e vacinadoras que desde janeiro não param de fazer este trabalho.”

Ainda com relação as doses extras, o secretário disse ser preciso equalizar a conta do recebimento das doses extras. “Aquelas doses que vieram como antecipação para a fronteira paranaense, agora serão descontadas do que temos a receber”, para ele, assim como foi importante seguir a estratégia apresentada pelo Ministério da Saúde, também são necessárias ações em regiões como a de Pato Branco, que está na divisa com Santa Catarina, próxima a Argentina e com um grande fluxo circulante de pessoas.

“Não se pode criar muita exceção, temos que ter uma regra clara e seguir essa regra”, pontuou Beto Preto.

Diferença nas idades vacinais

Preto avalia que no início da campanha de vacinação houveram muitas diferenças com relação aos grupos prioritários, e que os critérios para a composição dos grupos levaram em conta os índices de vacinação da gripe em 2020.

Também entrou na conta, fatores como população ribeirinha, povos tradicionais e categorias preconizadas.

“Existe até uma competição que é saudável para baixar idade [de vacinação], mas tem que ter muita responsabilidade nisso, se não, se deixa muita gente para trás”, avaliou o secretário falando em “juntar esforço” e atender a toda a população.

Com a variante Delta descrita em situação comunitária (quando não é possível precisar onde ocorreu a contaminação) no Paraná, o trabalho vem sendo para imunizar o maior contingente de pessoas, uma vez que estudos apontam o efeito positivo, quando aplicada as duas doses.

Para tanto, o pedido é de que a população não deixe de completar o esquema vacinal.

 Contudo, Beto Preto que apontou estimativa estadual de que de 2% a 3% da população não quer se vacinar e de percentual um pouco acima que não deseja receber a segunda dose, pediu a compreensão de todos. “Aquele grupo que ainda não acredita em vacina, [pedimos] que também possa pensar em mudar sua atitude e fazer com que nós possamos tê-los neste grupo de vacinados

Menores de 18 anos

Questionado sobre a possibilidade de ampliação da vacinação para a população de 12 a 17 anos, o secretário de Saúde, disse que existe uma pré-disposição do Ministério, que deve ser anunciada nos próximos dias, para ao final da primeira dose para toda a população acima de 18 anos, deve ser inserida a vacinação de adolescentes. “Estamos aguardando a normativa do Ministério e do Programa Nacional de Imunizações, para entender como vai ser.”

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