Os aliados de Doria já apresentaram formalmente uma divergência e defenderam o voto direto universal. Isso porque a avaliação de integrantes da cúpula do PSDB é que, hoje, o governador paulista está em desvantagem na executiva e nas bancadas do partido na Câmara e no Senado. Com 301 mil filiados, o PSDB de São Paulo é o maior e mais organizado do Brasil. Na próxima semana, a executiva baterá o martelo se referenda ou não a indicação da comissão.
Até o momento, quatro nomes se apresentaram como presidenciáveis. Além de Doria, estão cotados o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Segundo a resolução da comissão enviada à executiva tucana, serão feitas “consultas primárias” a partir de quatro grupos distintos, todos com peso unitário de 25% do total de votos (observada a proporcionalidade).
Os quatro segmentos são: Grupo I: filiados; Grupo II: prefeitos e vice-prefeitos; Grupo III: vereadores, deputados estaduais e distritais; Grupo IV: governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual da Comissão Executiva Nacional do PSDB, senadores e deputados federais.
Além de José Aníbal, também fazem parte da comissão das prévias a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; o líder do partido no Senado, Izalci Lucas; os deputados federais Lucas Redecker (RS) e Pedro Vilela (AL); o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi; e o ex-deputado Marcus Pestana.
Levantamento do Estadão nos 27 diretórios estaduais do PSDB mostra que só três deles – SP, RJ e GO – defendem realizar prévias para decidir o candidato do partido ao Palácio do Planalto ainda neste ano. A data escolhida foi fruto de um acordo entre os grupos.
Só existe um precedente de prévias presidenciais na história política brasileira: em 2002, o então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva venceu o senador Eduardo Suplicy no PT, com 84,4% dos votos válidos ante 15,6% do adversário.
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