Em risco, araucárias na rua Tocantins e no Terminal Urbano serão removidas

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Pato Branco anunciou a remoção de duas araucárias localizadas na rua Tocantins e no Terminal Urbano. Ambas as árvores estão desvitalizadas, em estado de deterioração avançado, apresentando fragilidade estrutural e risco de queda, o que justifica a medida, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente de Pato Branco, Vicente Michaliszyn.

Ele esclarece que as árvores estão mortas e representam um risco à segurança devido à possibilidade de queda de galhos ou mesmo das estruturas completas, especialmente por estarem em locais com fluxo intenso de veículos e pedestres.

Michaliszyn explicou que, além do estado avançado de deterioração por uma combinação de fatores naturais, aspectos urbanos, como o rebaixamento do lençol freático, a restrição da absorção de água pelas raízes devido à impermeabilização da superfície e até mesmo atos de vandalismo, colaboraram para a condição das árvores. “A urbanização colaborou para o processo de degradação dessas árvores, que já não têm condições de recuperação”, afirmou.

Além disso, a retirada atende a uma recomendação administrativa do Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA). O processo ainda depende da emissão formal das licenças ambientais pelo Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor).

Parecer técnico e medidas compensatórias

A decisão de remover as araucárias baseia-se em avaliações técnicas que constataram a inviabilidade de recuperação. “Não é necessária uma análise extensa para identificar que a árvore está morta, pois os sinais de desvitalização são claros e incontestáveis. Existe uma constatação técnica. Uma vez comprovada a condição da árvore, é possível solicitar ao órgão ambiental a autorização para a remoção. Caso a árvore ainda apresente condições adequadas, sua madeira pode ser aproveitada. No entanto, se o estágio de deterioração estiver muito avançado, a madeira não poderá ser utilizada. A decisão baseia-se exclusivamente em uma constatação técnica.”, ressaltou o secretário.

Como medida compensatória, o município considera a possibilidade de realizar o plantio de novas mudas em diferentes pontos da cidade. Além disso, existe a proposta de construção de um memorial no local da árvore da rua Tocantins, em homenagem à espécie e ao papel que ela desempenhou na história e na cultura local, especialmente para os pioneiros que ajudaram a construir a cidade.

Vandalismo e degradação

Michaliszyn também destacou que, no caso da araucária da rua Tocantins, houve um ato de vandalismo. O corte criminoso da casca comprometeu a circulação da seiva, acelerando a deterioração. “Houve um ato criminoso praticado por um vândalo, que realizou um corte na casca da árvore. Apesar de tentativas de recuperação por meio de curativos, os esforços não tiveram sucesso. Esse dano comprometeu a circulação da seiva, essencial para a sobrevivência da araucária, acelerando significativamente o processo de deterioração da árvore”, explicou.

Próximos passos

Embora o prazo exato para a remoção das araucárias ainda não tenha sido definido, a prefeitura garante que o procedimento será comunicado com antecedência. “Tão logo todas as licenças sejam emitidas, iremos proceder à remoção e informar a população sobre a data exata”, concluiu o secretário.

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