Não à toa, foi porta-bandeira na cerimônia de abertura ao lado do levantador Bruninho, do vôlei, em mais um feito inédito: pela primeira vez, mulheres e homens carregaram juntos o símbolo nacional no evento.
A estreia de Ketleyn no lendário Nippon Budokan será contra a hondurenha Cergia David. Depois de ficar de fora das duas últimas Olimpíadas, a brasileira está de volta aos Jogos disposta a escrever uma nova página da sua história com outra medalha, agora na categoria meio-médio até 63 kg – em Pequim, ela competiu na leve (até 57 kg). Para alcançar o bloco final de disputas em Tóquio (repescagem, semifinal, bronze e final), ela precisará passar, no mínimo, até as quartas de final.
“Olho para a minha carreira e vejo que não ter participado dos últimos dois Jogos me ajudou a crescer, a evoluir e a estar aqui. Sou muito grata e me sinto privilegiada”, diz Ketleyn.
Ela é vista como uma pioneira no judô por abrir caminho para a geração de Sarah Menezes, Rafaela Silva (campeãs olímpicas em Londres-2012 e no Rio-2016, respectivamente) e Mayra Aguiar (bronze nas duas últimas Olimpíadas). Ao longo da carreira, amealhou 33 medalhas em eventos do Circuito Mundial e virou modelo de dedicação profissional.
Noiva do também judoca Alex Pombo (atleta olímpico em 2016), Ketleyn contou com a ajuda do companheiro em sua preparação para os Jogos, principalmente no período em que não pôde frequentar o seu clube, a Sogipa, em Porto Alegre, por causa da pandemia. O jeito foi improvisar treinos adaptados em casa ao lado de Pombo. Assim, Ketleyn tentará nesta segunda sua segunda medalha olímpica.
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