Jamais na história da Libertadores o São Paulo ganhou os três primeiros jogos da fase de grupos. Sob direção de um expert em jogos na Argentina, tentará pôr fim a essa marca. Será a chance de Crespo provar que as cobranças da torcida por escalar reservas diante do Corinthians não foi um erro.
Descansado, o São Paulo abrirá cinco pontos sobre o segundo colocado em caso de vitória, o que o deixará em situação extremamente confortável na chave. Vale lembrar que na temporada passada a equipe patinou nos jogos fora de casa e acabou eliminada. Agora, já somou três pontos em sua primeira visita, com imponentes 3 a 0 no Sporting Cristal, do Peru.
A história, desta vez, porém, promete ser mais complicada. O Racing é o principal adversário do grupo ao São Paulo. De quebra, ainda há o fato de os paulistas não triunfarem na Argentina desde 2005. A única vez que saiu vencedor pela Libertadores atuando no país vizinho ocorreu em 2005. Fez 3 a 2 na semifinal diante do River Plate. Do mais, em 14 jogos, foram 11 derrotas e dois empates.
Mais um motivo para não arriscar perder as peças importantes na Neo Química Arena. Daniel Alves e Reinaldo não foram utilizados no clássico, enquanto Liziero, Benítez, Pablo e Luciano entraram apenas no decorrer do jogo. Léo atuou e sua escalação é a única dúvida de Crespo. O defensor cumpriu suspensão contra o Rentistas e briga pela vaga com Bruno Alves.
O São Paulo lidera de maneira isolada, com seis pontos e 100% de aproveitamento. Depois de ver sua série de oito vitórias seguidas encerrada com o 2 a 2 diante do Corinthians, quer engatar nova sequência de triunfos. Com quatro pontos, os argentinos são vice-líderes, portanto é um confronto direto pela liderança.
Além dos titulares descansados, Crespo terá duas boas opções caso precise modificar o setor ofensivo em Avellaneda. O meia Gabriel Sara e o atacante Éder, recuperados de lesão, viajaram com a delegação.
Mesmo com possibilidade de assumir a liderança caso vença, o Racing utilizará um esquema cauteloso em seu estádio. O ameaçado técnico Juan Antonio Pizzi vai apostar numa defensiva postura com cinco defensores, quatro no meio-campo e Copetti isolado no ataque.
Pizzi vem sofrendo enorme rejeição da torcida e de alguns dirigentes, que já estariam negociando com um substituto. Um resultado ruim pela Libertadores pode abreviar sua passagem no clube, apenas o sexto colocado no Campeonato Argentino e que vem de derrota para o Central Córdoba, por 1 a 0.
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