Com a decisão, a entidade poderá agora retirar da Olimpíada esportes que não se enquadrem nas regras definidas pelo Comitê Executivo ou se “agirem de um jeito que possa manchar a reputação do movimento olímpico”.
Trata-se de recado direto às federações internacionais do levantamento de peso e do boxe. As duas entidades causaram dores de cabeça ao COI nos últimos anos. A primeira corre mais risco de ser cortada da Olimpíada de Paris-2024 por seguidos casos de doping na modalidade e questões de governança.
O boxe acumulou mais problemas. E até correu risco de ser vetado em Tóquio. Só não o foi porque o COI interveio na organização do esporte para a disputa na Olimpíada que se encerra neste domingo. A entidade tirou o status olímpico da Associação Internacional de Boxe (Aiba), que cuida do boxe amador, e decidiu intervir na entidade.
Os últimos presidentes da Aiba sofreram acusações de corrupção e má administração. Afastados, deram lugar ao usbeque Gafur Rakhimov, eleito o novo presidente da entidade em 2017. Mas a situação só piorou e acusou ainda mais irritação ao COI. Isso porque o dirigente é investigado pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, acusado de envolvimento com o crime organizado na Ásia, por suposto tráfico de drogas e de armas.
Ao intervir na Aiba, o COI impôs uma junta administrativa para gerir a federação temporariamente. Após os Jogos de Tóquio, a entidade deve tomar novas decisões quanto à gestão da Aiba.
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