“Isso ocorre porque os programas emergenciais, responsáveis pela maior parte do crescimento da carteira, apresentam algum tipo de garantia”, explicou o BC.
O relatório destaca que o porcentual de Ativos Problemáticos (APs) relacionado às grandes empresas aumentou devido ao crescimento operações de crédito deterioradas, ainda que não inadimplentes.
“Embora não seja o esperado, as perdas com crédito podem superar as estimativas. Eventual prolongamento da pandemia pode afetar a qualidade do crédito. A grande maioria das operações repactuadas já saiu do período de carência e tem apresentado atraso inferior ao esperado inicialmente”, acrescentou o documento.
Já no crédito para as famílias, houve um recuo no porcentual de Ativos Problemáticos. Contudo, pondera o BC, o fim da vigência das medidas emergenciais e a incerteza quanto ao prolongamento e aos desdobramentos da pandemia sobre a renda e o emprego podem agravar o risco.
“Até o momento, o risco advindo das famílias está mitigado pelas provisões adequadas. Além disso, as operações repactuadas têm apresentado qualidade de crédito superior ao inicialmente esperado e não sensibilizaram o nível de risco da carteira como um todo”, conclui o relatório.
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