As emissões devem assim reverter boa parte do declínio do ano passado, causado pela pandemia da covid-19. O recorde de avanço anual das emissões ocorreu em 2010, durante a recuperação da crise financeira global.
A AIE estima que as emissões de gás carbônico aumentarão em quase 5% neste ano, para 33 bilhões de toneladas, diante sobretudo do aumento na demanda por carvão (de 4,5%), que se aproxima de seu pico histórico de 2014, nota a entidade.
A agência afirma que os números são um alerta “de que a recuperação econômica da crise da covid é atualmente insustentável para nosso clima”, segundo o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. “A menos que governos pelo mundo se mexam rápido para começar a cortar emissões, devemos enfrentar situação ainda pior em 2022”, advertiu Birol, considerando a cúpula de líderes sobre o clima organizada nesta semana pelos EUA como “um momento crucial para compromisso com ações claras e imediatas”.
A demanda global por energia deve aumentar 4,6% em 2021, puxada por mercados emergentes. O petróleo também tem aumento na demanda, mas deve ficar abaixo do pico de 2019, com o setor de aviação ainda pressionado, nota a AIE.
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