De acordo com a denúncia, assinada pelo procurador Bruno Costa Magalhães, os crimes teriam sido cometidos em São Paulo (SP) e Foz do Iguaçu (PR), além de cidades do Paraguai, Catar, Estados Unidos, Austrália e Bolívia. O empresário nega as acusações.
No documento, os investigadores pedem autorização para compartilhar provas colhidas em outros três inquéritos que atingem o grupo denunciado e para abrir duas novas frentes de apuração voltadas à identificação de investigados e vítimas que ainda não foram alcançados pelo trabalho da Polícia Federal.
Rodrigo Cotait chegou a ser preso preventivamente em abril. Uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, revelou áudios atribuídos ao empresário em que ele diz que ‘exporta’ mulheres. “Só mando viajar produto de exportação que tem meu selo de qualidade, ou seja, comprovei o material”, afirma.
A modelo Núbia Olivier, que também é investigada e chegou a ser alvo de busca e apreensão, não foi denunciada nesta etapa. Em seu relatório parcial, a Polícia Federal pediu mais tempo para continuar as apurações.
O ponto de partida da investigação foi a compra de passagens internacionais com cartões clonados. De acordo com a PF, o aliciamento era feito pelas redes sociais e por meio de uma empresa de maquiagem. A cantora de funk MC Mirella teria sido procurada pelo grupo. Ela já prestou depoimento. Veja a nota publicada pela artista no Instagram:
COM A PALAVRA, O ADVOGADO DHYEGO LIMA E MARIA FERNANDA MARINI SAAD, QUE DEFENDEM O EMPRESÁRIO RODRIGO COTAIT
A defesa do empresário informou que ele está colaborando com as investigações e já recebeu autorização judicial para responder às ‘arbitrariedades e falácias’ em liberdade. Uma liminar do desembargador Paulo Fontes, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, foi confirmada pelo colegiado na semana passada.
“A Justiça reconheceu que não há provas de que Rodrigo restringiu a liberdade de mulheres no exterior, nem tampouco empregou contra qualquer pessoaameaça, violência, coação, fraude ou abuso, concluindo em seguida que, mesmo após três anos de investigação, não há qualquer indício da prática de crime de tráfico internacional de pessoas”, afirmam em nota.
COM A PALAVRA, OS ADVOGADOS RODRIGO CARNEIRO MAIA E RUBENS OLIVEIRA, QUE DEFENDEM NÚBIA OLIVIER
“Tivemos acesso a inicial acusatória formulada na data de ontem, pelo MPF de SP. A Sra Nubia não é alvo de denúncia, até a presente data. Confiamos na justiça e na investigação policial federal o qua vem sendo desenvolvida, aguardando se para que seja posto um bom termo no que tange a sua situação jurídica, atualmente indefinida. Conforme consignado pelo MPF, haverá a continuidade das investigações contra sua pessoa, seguindo a disposição das autoridades, no no exercício de sua defesa Tecnica.”
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