“Eu estou torcendo por isso”, disse Araújo, que afirmou haver um nível de exigência muito elevado para as empresas que estão desenvolvendo o aplicativo de votação.
O PSDB espera chegar o quanto antes ao fim da novela em que se transformou a realização das prévias. Com os governadores João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio na disputa pela indicação, o desgaste político com a paralisação das eleições internas tem sido grande para os tucanos. Além disso, o problema ampliou a divisão no PSDB, especialmente entre as campanhas de Doria e Leite.
Existe ainda a queixa que a demora na escolha do candidato está permitindo que outras forças políticas ocupem o espaço no cenário eleitoral. Há a preocupação com o fato de o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro estar com sua candidatura avançando justamente entre os possíveis eleitores da chamada terceira via. Por isso, os tucanos querem terminar essa etapa e recuperar o terreno perdido.
No domingo passado, 21, o aplicativo feito pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) apresentou problemas logo pela manhã e a votação teve de ser suspensa. Nesta quarta-feira, 24, a Faurgs afirmou, em nota oficial, considerar “muito plausível” a possibilidade de seu aplicativo ter sido alvo de um ataque de hackers.
Para a Faurgs, o problema que impediu o funcionamento da ferramenta on line de votação teve como causa mais provável “um congestionamento de acessos incompatível com o número de eleitores cadastrados”.
Diante desta conclusão, o PSDB decidiu que iniciará uma apuração interna e enviará, em até dez dias, o material para a Polícia Federal investigar se houve ou não ataque hacker ao aplicativo usado pela Faurgs. Os votos dados em urnas eletrônicas não sofreram nenhum problema e serão computados na apuração geral das prévias.
“Estaremos acompanhando de perto, porque isso não foi um ataque a um app, e sim ao próprio PSDB”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul, em mensagem postada no Twitter.
O aplicativo que mais avançou nos testes até o momento foi o da plataforma Beevoter, de Brasília. No seu portfólio, a empresa diz que “atua no mercado há mais de uma década em votações à distância, visando sempre a segurança, integridade, transparência e, principalmente, a satisfação dos clientes”. A Beevoter afirma, ainda, já ter realizado “mais de uma centena de pleitos”, desde pequenas eleições até aquelas com mais de um milhão de votantes.
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